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Softbank divulga resultados e suspende investimento na China

Lucro do conglomerado está pressionado com maior escrutínio chinês sobre o sistema de empresas de tecnologia local

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Masayoshi Son, do SoftBank: após queda durante o início da pandemia, conglomerado se recuperou na dependência tecnológica de um mundo mais digital (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Masayoshi Son, do SoftBank: após queda durante o início da pandemia, conglomerado se recuperou na dependência tecnológica de um mundo mais digital (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Thiago Lavado

Publicado em 10 de agosto de 2021 às, 06h50.

Última atualização em 10 de agosto de 2021 às, 09h45.

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A SoftBank relatou uma queda no lucro líquido para ¥ 761,5 bilhões (US $ 6,9 bilhões) entre abril e junho deste ano, uma queda de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda segue um lucro de quase 5 trilhões de ienes no ano financeiro passado - o maior da história para qualquer empresa japonesa.

Há 3 meses, sobravam razões para comemorar no conglomerado japonês SoftBank. O grupo apresentava os resultados trimestrais do primeiro período do ano e havia registrado o maior lucro de uma empresa japonesa até então: foram 46 bilhões de dólares em um ano, surfando a onda das startups que foram a público e abriram capital no período.

O grupo parecia recuperado do início da pandemia, quando suas ações caíram 50% entre fevereiro e março do ano passado. O caos não retornou na divulgação dos resultados do segundo trimestre nesta terça-feira, mas um pouco de cautela.

Resta saber se o lucro grande do primeiro trimestre ficou no passado. Em maio deste ano o conglomerado teve lucro de 45 bilhões de dólares -- um recorde para empresas japonesas. O resultado do segundo trimestre de 2021 deve sair nesta terça-feira, 10 de agosto.

Parte da culpa para a perspectiva mais pessimista de agora está na China: empresas de tecnologia e investimentos do SoftBank enfrentaram a vigilância do governo, que endureceu a cobrança por competitividade o país. A participação do SoftBank no Alibaba, por exemplo, valia centenas de bilhões de dólares, e foi cortada pelo aumento da regulação chinesa.

Alguns IPOs recentes de investidas do SoftBank apresentaram bons resultados, mas o momento atual ficou de fora do balanço de hoje, como a Didi, gigante de caronas da China, cujas ações valem 67% do que valiam durante o IPO.

Nos últimos 4 anos, o SoftBank aportou 84 bilhões de dólares em startups com o Vision Fundo e a continuação do projeto, e se tornou o maior investidor de empresas de tecnologia do mundo. Na semana passada, num único dia, o Softbank anunciou três investimentos no Brasil, num total de quase R$ 1 bilhão, nas companhias Único, Omie e Avenue.

A estratégia de investir em empresas do setor de tecnologia pagou durante a pandemia, mas os palpites chineses do grupo devem seguir sendo questionados pelo reguladores locais.

SoftBank suspende investimento na China

O SoftBank Group decidiu suspender seus investimentos na China enquanto espera ação regulatória contra as empresas de tecnologia do país, disse o presidente-executivo do grupo, Masayoshi Son, nesta terça-feira.

"Até que a situação fique mais clara, queremos esperar para ver", disse Son em entrevista coletiva. "Em um ou dois anos, acredito que novas regras criarão uma nova situação."

Quando o conglomerado japonês registrou lucro anual recorde em maio, os executivos apontaram para mais vantagens nos investimentos do Vision Fund, como a empresa chinesa de transporte por aplicativo Didi Global e a startup "Uber para caminhões" Full Truck Alliance.

Essas empresas são listadas em Nova York, mas a ação regulatória chinesa derrubou seus valores de mercado, ressaltando o risco do SoftBank na China, mesmo enquanto o grupo busca reduzir a dependência de seu maior ativo, uma participação na gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba Group Holding.

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