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Dia do Solteiro, Black Friday e Cyber Monday: super novembro do e-commerce

O novembro para o e-commerce tem tudo para ser super; resta esperar para ver

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Dia dos Solteiros: no ano passado, evento teve um saldo de vendas equivalente a duas Black Fridays dos Estados Unidos (Kim Kyung-Hoon / Reuters/Reuters)

Dia dos Solteiros: no ano passado, evento teve um saldo de vendas equivalente a duas Black Fridays dos Estados Unidos (Kim Kyung-Hoon / Reuters/Reuters)

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Lucas Agrela

Publicado em 11 de novembro de 2020 às, 06h00.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às, 08h52.

O e-commerce pode crescer ainda mais em novembro em meio aos eventos que acontecem neste mês. De Dia do Solteiro à Black Friday, finalizando com Cyber Monday, as expectativas para cada um deles é boa --- e podem representar bons resultados em tempos do novo coronavírus.

Não que o varejo online precisasse. Isso porque, com a pandemia, mais pessoas foram forçadas a ficar em casa, o que impulsionou de vez as compras feitas online. Para o ano de 2020, é esperado que o setor fature algo na casa dos 4,2 trilhões de dólares, segundo a consultoria de dados alemã Statista. Em 2023, o valor deve ser ainda melhor, alcançando a casa dos 6,5 trilhões de dólares.

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No dia 11 de novembro (hoje para os brasileiros, ontem para os chineses) aconteceu um dos maiores eventos do comércio eletrônico da China. Organizado pela gigante Alibaba, grupo chinês dono do site AliExpress, o evento tem como foco juntar diversos varejistas em um só local para vender de tudo e um pouco. 

No ano passado, o chamado “Dia do Solteiro” teve um saldo de vendas equivalente a duas Black Fridays dos Estados Unidos. Neste mesmo dia, em 2019, por volta do meio-dia, pelo horário de Brasília, já no final do dia na China, as vendas da Alibaba marcavam 38,4 bilhões de dólares, alta de mais de 20% na comparação com o ano passado. 

A data é celebrada hoje em razão de uma brincadeira com os quatro números 1 do dia 11 de novembro (11º mês do ano) e é mais voltada a presentes para si próprio do que para amigos e parentes, como acontece com o Natal. O Dia do Solteiro era inicialmente comemorado em universidades e funcionava como uma resposta dos solteiros ao Dia dos Namorados. Desde 2009, ele é promovido como uma data de comemorativa de compras.

Para este ano, a expectativa é ainda mais alta. Segundo uma pesquisa feita pela firma AlixPartners, associada ao evento, com 2.029 adultos na China, 62% citaram o patriotismo como o principal motivo para fazer compras locais. No ano passado, esse número era de apenas 51%. 

"O Dia dos Solteiros cresce anualmente e é há anos a data de maior venda no mundo todo", diz In Hsieh, fundador da consultoria Chinnovation. "Todo ano acontecem vários lançamentos de tecnologias e produtos, diferentemente do que ocorre no Brasil onde não se lança nada no Black Friday. Além obviamente da pandemia, o impacto nos negócios nos últimos meses torna a data ainda mais importante."

É esperado que o evento de 2020 eclipse os ganhos altos do ano anterior --- algo que pode até parecer inimaginável, mas que os chineses estão inclinados a fazer. 39% dos chineses afirmaram que pretendem gastar mais no evento deste ano, mas 57% deles disseram que não estão com vontade de comprar produtos americanos --- tudo isso definitivamente impulsionado pela pandemia. 

Por aqui, a empresa adaptou seu e-commerce para a realidade do brasileiro neste ano e, desde março, passou a aceitar pagamentos com cartões de crédito nacionais, bem como parcelamento em até seis vezes sem juros para compras com valor superior a 10 dólares. De lá para cá, o método de pagamento tornou-se o mais popular no Aliexpress entre brasileiros.

Yan Di, ex-Baidu e atual diretor geral do AliExpress no Brasil, afirmou, em outubro, que o Brasil está entre os cinco maiores mercados da companhia no mundo e que as adaptações para fortalecer a presença no país causaram alta de 40% nas vendas de diversas categorias de produtos ligados ao dia a dia.

Para atender aos brasileiros e cumprir a promessa, feita no ano passado, de tornar o Dia do Solteiro maior do que a Black Friday, o Aliexpress passou a fretar três voos semanais que trazem encomendas para o Brasil. Com isso, os produtos comprados na China chegam às mãos dos compradores brasileiros em até 30 dias.

Segundo estimativa do banco suíço UBS, o comércio eletrônico na América Latina chegará a 10% do setor de varejo em 2024. Por conta da pandemia do novo coronavírus, que acelerou tanto a digitalização de lojas quanto a cultura das compras online, a previsão foi antecipada em um ano, segundo relatório divulgado em junho deste ano. As empresas que mais destacam na região, segundo o documento, são a argentina Mercado Livre e a brasileira Magazine Luiza, rivais de peso para o Aliexpress.

A Black Friday, que acontecerá neste ano na sexta-feira do dia 27 de novembro, é um dia de descontos que surgiu nos Estados Unidos caiu no gosto dos brasileiros ao longo desta década e diversas empresas já estão fazendo o famoso “esquenta”, baixando os preços de determinados produtos. Para 2020, a expectativa é de que as vendas aumentem, de olho no Pix, meio de pagamento eletrônico lançado pelo Banco do Brasil que entrou em vigor neste mês. Com a tecnologia, os pagamentos devem ser feitos de forma muito mais rápida, deixando de lado os três dias úteis que um boleto pode demorar para ser compensado. 

Já a Cyber Monday acontecerá no dia 30 de novembro, apenas três dias depois da Black Friday, e terá como foco os eletrônicos, como notebooks e smartphones. Embora menos popular do que a Black Friday, a atividade dos compradores no dia de descontos em eletrônicos no ano passado foi 161% superior em relação à média anual de 2018. 

O novembro para o e-commerce tem tudo para ser super. E o Aliexpress, de olho no 13º terceiro salário do brasileiro, não deixará o Brasil de fora da sua estratégia também para essas datas. É torcer para que as expectativas não sejam frustradas.

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