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Contra 'andróginos' e 'afeminados', China faz pedido a empresas de jogos

Em documento, governo chinês tenta impedir que os games produzidos por empresas como Tencent e NetEase tenham personagens homens distantes dos ideais do partido comunista

Com novas restrições contra personagens "afeminados", jogos como League of Legends seriam afetados (VCG/Getty Images)
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André Lopes

Publicado em 13 de setembro de 2021 às 18h02.

Última atualização em 14 de setembro de 2021 às 09h24.

É pejorativo em todos os sentidos, mas documentos oficiais do governo da China , encaminhados para as gigantes do games Tencent e NetEase, na semana passada, pedem que as empresas evitem desenvolver jogos com homens "afeminados" ou "andróginos".

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A medida, que primeiramente focou em programas de televisão da China, se estendeu para a indústria dos jogos. A conversa com a Tencent e a NetEase possuiu como objetivo remover o que autoridades chinesas consideram como "estética anormal" dos jogos.

As duas gigantes possuem no portifólio títulos como League of Legends, Valorant, Legends of Runeterra e Clash of Clans.

Agora, cabe as desenvolvedoras atualizarem os design de personagens que não se encaixem nas qualidades masculinas definidas pelo partido comunista. Além disso, o pedido também inclui a exclusão de conteúdo obsceno e violento, e aquelas tendências prejudiciais à saúde, como adoração ao dinheiro.

Entretanto, não é a primeira vez que as empresas passam por questionamentos do governo da China, que interfere cada vez mais na indústria dos jogos. No fim de agosto, o país passou a limitar o tempo de jovens menores de idade na frente de um videogame.

Com a lei, eles não podem passar mais de três horas de jogo por semana, além de só poder jogar em dias específicos e com limitação de uma hora para cada.

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