Tecnologia

Cientistas batem recorde de velocidade de internet de 44 terabits/segundo

Com essa velocidade, seria possível fazer o download de 50 arquivos de 100 gigabytes ao mesmo tempo em apenas um segundo

Fibra óptica: pesquisa foi feita em uma rede de fibra óptica de 75 quilômetros (Wikipedia/Reprodução)

Fibra óptica: pesquisa foi feita em uma rede de fibra óptica de 75 quilômetros (Wikipedia/Reprodução)

ME

Maria Eduarda Cury

Publicado em 25 de maio de 2020 às 17h15.

Pesquisadores da Austrália e do Canadá conseguiram atingir uma velocidade de transmissão de dados recorde de 44,2 terabits por segundo usando uma nova tecnologia que vem sendo testada em cabos de fibra óptica. Em um estudo publicado na revista Nature Communications, os cientistas demostraram a nova tecnologia fazendo a transmissão em uma rede com uma distância de 75 quilômetros.

Com essa velocidade de conexão alcançada pelos cientistas, seria possível, em teoria, baixar 50 arquivos de 100 gigabytes cada um, simultaneamente, em apenas um segundo.

Os pesquisadores chegaram a esta velocidade usando uma tecnologia chamada de "micro-pente", um tipo de microprocessador óptico que permite transmitir informações de forma mais compactada por meio de redes de fibra óptica. O resultado da pesquisa sugere que um dia é possível que a mesma tecnologia seja implementada nas redes existentes, sem a necessidade de instalar novos cabos.

"Este é um dos sistemas de transmissão mais eficientes implementados em uma rede de telecomunicações tradicional, dada a quantidade recorde de informações que podem ser compactada e transmitida em uma fibra óptica com perda mínima de dados", diz o professor Roberto Morandotti, do Institut National de la Recherche Scientifique do Canadá, um autores do estudo.

De acordo com os pesquisadores, a tecnologia permite melhorar o desempenho, o consumo de energia e a eficiência das redes de fibra óptica existentes. É a primeira vez que os processadores "micro-pentes" são utilizados em um experimento de campo, fora do laboratório.

O objetivo de utilizar os processadores "micro-pentes", segundo Morandotti, é substituir os lasers que são utilizados nas redes de fibra óptica tradicionais. Com essa tecnologia, um único processador substitui os vários lasers coloridos e consegue gerar um conjunto de ondas com mais facilidade e precisão.

Ainda não é possível dizer se a tecnologia vai permitir que os consumidores tenha uma conexão de internet com uma velocidade tão alta quanto a atingida pelos cientistas, mas a pesquisa aponta um caminho nessa direção.

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