ARM: O gigante silencioso dos semicondutores quer voltar à bolsa
A empresa britânica, que impulsionou a Apple na última década, deve abrir o capital depois de um período restrito no portfólio do Softbank
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Simon Segars: CEO da ARM (Chris Ratcliffe/Bloomberg/Getty Images)

Publicado em 6 de junho de 2023 às, 15h51.
Última atualização em 7 de junho de 2023 às, 08h40.
Em fevereiro de 2023, a empresa britânica de tecnologia ARM alcançou um marco notável. Com sede na universitária cidade de Cambridge, a ARM viu seus designs de semicondutores serem incorporados em impressionantes 250 bilhões de chips de computador. A cada segundo, outros mil chips seguem o mesmo caminho, alimentando quase tudo em uma economia cada vez mais digital - de smartphones a automóveis e data centers.
Embora pouco conhecida em seu mercado doméstico, a ARM é uma das poucas empresas de tecnologia britânicas que fazem diferença em um setor dominado por gigantes americanos e asiáticos. Em 2016, o SoftBank Group, liderado pelo empreendedor japonês Masayoshi Son, adquiriu a ARM por cerca de US$ 32 bilhões um ganho de 43% em relação ao preço das ações antes da oferta.
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Pouco tempo depois, Son tentou se livrar do negócio e convocou a Nvidia para fechar um acordo estimado em US$ 66 bilhões. Não deu certo. Mas Son manteve a posição de que os chips da empresa se tornariam onipresentes à medida que tudo se tornasse conectado digitalmente, surgindo em itens tão variados quanto tênis de corrida e eletrodomésticos.
Desde então, o SoftBank Group enfrentou a desaceleração do setor de tecnologia, e agora o líder do fundo japonês busca relançar a ARM como uma empresa pública. Sendo assim, a ARM deverá ser listada na bolsa de valores Nasdaq de Nova York este ano, mesmo com esforços do governo britânico para atraí-la de volta a Londres.
Suíça dos semicondutores
Fundada em 1990, a ARM teve um nascimento típico de empresas de tecnologia do final do século 20. Seu início foi em um antigo celeiro em Swaffham, Bulbeck, um vilarejo a 13 quilômetros de Cambridge. Apesar de estar comparativamente carente de capital, a ARM conseguiu fazer seus processadores excepcionalmente eficientes.
O apoio inicial da Apple, então liderada pelo icônico Steve Jobs, catapultou a ARM para o estrelato. Ao colaborar com quase todos os principais fabricantes de chips, a ARM licenciou sua tecnologia globalmente, tornando-se a "Suíça dos semicondutores".
No entanto, em uma época em que os governos dos EUA, da UE e da China estão investindo bilhões de dólares em subsídios para suas indústrias de chips, essa receita política pode se mostrar insuficiente para um gigante silencioso.
Créditos

André Lopes
RepórterCom quase uma década dedicada à editoria de Tecnologia, também cobriu Ciências na VEJA. Na EXAME desde 2021, colaborou na coluna Visão Global, nas edições especiais Melhores e Maiores e CEO. Atualmente, é editor de Inteligência Artificial.Últimas Notícias
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