São Paulo — Depois de 26 anos no mercado, o Windows passa por sua transformação mais radical. A Microsoft lança, nesta quinta-feira, o Windows 8, que traz uma interface totalmente nova, projetada principalmente para uso em telas sensíveis ao toque. Tanto o software avulso como PCs e tablets equipados com ele já estão à venda. O sistema avulso é vendido por download (69 reais) e em embalagens como a desta imagem (cerca de 250 reais). Confira, nas próximas páginas, dez detalhes sobre o novo sistema.
O Windows 8 apresenta, ao usuário, um ambiente de trabalho completamente novo. Ele tem uma tela inicial com blocos (em inglês, “tiles”) que representam aplicativos, fotos, documentos e outros itens. Se o espaço na tela não for suficiente para exibir todos eles, ela pode ser rolada horizontalmente. A nova interface era inicialmente chamada de Metro, mas a Microsoft abandonou esse nome e, agora, se refere a ela como Modern (moderna). Apesar de ser adequada para uso em tablets, a nova interface deve deixar os usuários perdidos no início.
Os blocos que aparecem na tela inicial do Windows 8 são funcionais, ou seja, exibem informações correspondentes a cada aplicativo. Notícias, mensagens, previsão do tempo, relógio e calendário são alguns exemplos do que pode aparecer neles. O usuário ligar e desligar cada bloco, escolhendo os que vão exibir informações e aqueles que permanecerão estáticos.
O Windows 8 não tem o menu Iniciar, que fazia parte do Windows desde 1995. Algumas das suas funções foram deslocadas para a barra de “charms” (literalmente, “encantos”), uma barra de ferramentas que aparece à direita na tela. Ela oferece opções de configuração, busca (em uso nesta imagem) e outras. É nela, também, que se desliga o computador. Há três maneiras de ativar a barra de charms. Num tablet, isso é feito deslizando-se o dedo da direita para a esquerda. Num PC, o caminho mais prático é teclar Win+C (a tecla com o símbolo do Windows junto com a letra C, de charm). Outro caminho é mover o cursor do mouse para um dos cantos à direita.
O Windows 8 permite dividir a tela em duas partes e ver dois aplicativos ao mesmo tempo nela. Isso torna fácil transferir informações (copiando e colando textos e imagens) de um app a outro. É um recurso que não existe no iPad e nem na maioria dos tablets com Android. Mas a Samsung implementou uma função parecida em seu tablet Galaxy Note 10.1. Nesta imagem, por exemplo, a tela está dividida entre um mapa e um app de mensagens.
O Windows 8 tem um gerenciador de contatos chamado, em inglês, People Hub. Ele integra informações do Facebook, do Twitter, dos sites da Microsoft e, nas empresas, do servidor de e-mail Exchange. O aplicativo procura identificar contatos duplicados de modo que cada nome seja listado apenas uma vez. Ele também exibe as últimas atualizações publicadas por cada pessoa no Twitter e no Facebook.
A Microsoft seguiu o exemplo da Apple e de outras empresas e criou uma loja online de aplicativos para o Windows 8. Deve ser inaugurada no lançamento do sistema. Ela vai oferecer apps feitos para a nova interface Modern. Alguns serão gratuitos, enquanto outros terão preços entre 1,49 e 999 dólares. Pelo que se sabe, os aplicativos não serão muitos no início. Essa escassez de apps vem sendo apontada como um dos principais pontos fracos do Windows 8. A Microsoft parece acreditar que, assim que o sistema estiver nas lojas, os desenvolvedores vão se mexer e criar muito mais aplicativos para ele.
A Microsoft foi pioneira ao oferecer o serviço de armazenamento na nuvem SkyDrive cinco anos atrás, muito antes do Google Drive e do iCloud. Agora, o SkyDrive passa a funcionar integrado ao Windows 8. Assim, os aplicativos podem armazenar arquivos nele. Além de ficar disponíveis no Windows, esses arquivos podem ser vistos no Mac OS X, no iOS e no Android por meio de apps ou do browser. O usuário também pode usar a nuvem para sincronizar suas configurações pessoais entre diferentes PCs e tablets. Nesse caso, basta fazer o login e seu ambiente de trabalho será carregado.
O Internet Explorer 10, que estreia no Windows 8, tem duas versões. Uma delas, feita para a interface clássica (do Windows 7), é similar ao Internet Explorer 9. A outra segue o estilo da nova interface gráfica. Nela, o browser roda na tela inteira em vez de ficar numa janela móvel. Mas é também possível dividir a tela para vê-lo junto com outro aplicativo. O Internet Explorer da nova interface vem sendo descrito como um browser rápido e prático.
É possível abrir a interface clássica do Windows 7 no Windows 8. Mas quem está acostumado com o Windows 7 vai estranhar a ausência do menu Iniciar. Para ativar um aplicativo, há três possíveis caminhos. Se houver um ícone dele na área de trabalho, basta clicar nele. Senão, pode-se abrir a barra de charms e pesquisar pelo nome do app. A terceira possibilidade é clicar no canto inferior esquerdo da tela para retornar à interface nova e acionar o bloco correspondente ao aplicativo.
O Windows 8 trabalha melhor que seus antecessores com múltiplos monitores de resoluções diferentes. Isso é interessante, por exemplo, para quem usa um notebook e costuma acoplar um monitor externo a ele em casa ou no escritório. O usuário pode, por exemplo, abrir a nova interface numa das telas e a área de trabalho tradicional na outra. Segundo a Microsoft, 15% das pessoas que usam um PC de mesa e 4% das que possuem um notebook empregam mais de um monitor.
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