- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Conheça a Carbonext, startup que visa assessorar empresas na prática de frear emissões de carbono
A Carbonext foi aberta bem antes de existir um mercado para ela. Pioneira, a startup já captou 200 milhões de reais
Modo escuro
Luciano Corrêa da Fonseca e Janaína Dallan, da Carbonext: negócio de 12 anos deslanchou agora (Divulgação/Divulgação)
Publicado em 17 de novembro de 2022 às, 06h00.
A startup paulistana Carbonext faz parte do grupo de negócios abertos por causa da ambição de uma liderança empreendedora com ideias muito à frente das oportunidades ao redor. Em muitos casos desse tipo, o destino é o fracasso. No caso da empresa fundada pela engenheira florestal Janaína Dallan e pelo economista Luciano Corrêa da Fonseca, uma combinação de pragmatismo e perseverança fez a ideia vingar muito tempo depois de ser concebida.
A Carbonext foi aberta em 2010 na esteira da avalanche de notícias relacionadas ao impacto humano sobre o aquecimento global — a relação foi comprovada pela primeira vez por um consórcio global de cientistas coordenado pela ONU em 2007.
Na ocasião, assim como agora, a saída mais aceita por cientistas para frear a mudança climática passa por limar o carbono liberado na atmosfera. Dá para fazer isso cortando emissões ou comprando crédito de quem planta árvores em quantidade suficiente para neutralizar o impacto da poluição. O pontapé inicial da Carbonext foi assessorar empresas nessa jornada.
Só que, sem regras claras para o comércio de um ativo intangível, como é o crédito de carbono, a ideia teve adoção muito limitada. Em boa parte da primeira década da Carbonext, a receita vinha de consultorias ou inventários para empresas com o desejo de acelerar a agenda de descarbonização.
Descarbonizar, de fato, virou uma realidade só de dois anos para cá, com a entrada em vigor de leis para o comércio global de créditos de carbono em algumas das principais economias do planeta — União Europeia, China e o estado americano da Califórnia têm os esquemas mais bem-sucedidos até agora.
Um dos compromissos firmados na Conferência do Clima (COP) de 2021, em Glasgow, na Escócia, foi a criação de um mercado global para o carbono, ainda a ser implantado.
Em meio a tudo isso, o negócio da Carbonext deslanchou. Pelo sistema da startup, ela licencia áreas na Amazônia com donos engajados em manter a natureza preservada. As árvores de pé servem para neutralizar as emissões de carbono dos clientes da Carbonext — a startup fica com 30% do valor investido em cada projeto. Hoje, o esquema bolado pela Carbonext é responsável pela preservação de 5 milhões de hectares espalhados por estados da Região Norte.
Em julho, a startup captou 200 milhões de reais num aporte da Shell Brasil. A Carbonext tem usado o capital para testar novidades, como um monitoramento da qualidade do solo a partir de poucas amostras de terra — a ideia é ajudar clientes dispostos não só a comprar créditos mas também a recuperar florestas degradadas. “Uma empresa não pode se limitar a comprar créditos; deve também colaborar para a transição a uma economia de baixo carbono”, diz Dallan.
O Brasil na corrida contra o carbono
Durante a COP26, de 2021, o país atualizou sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) para a redução das emissões de poluentes. Agora, com o mercado de carbono firmado, pode ter protagonismo global
- Corte de 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025
- Corte de 50% das emissões de gases de efeito estufa até 2030
- Fim do desmatamento ilegal até 2028
-
LEIA TAMBÉM
Últimas Notícias
Na China, aumento da classe média incentiva liberação de sementes transgênicas
Há 2 semanas
Resistente a quedas: após crescer 50% na pandemia, a catarinense Oxford avança para outros mercados
Há 2 semanas
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Lead Energy quer reduzir R$ 1 bi na conta de luz dos brasileiros até 2027
Ceará deve se tornar um dos maiores produtores do combustível do futuro
“O número de ciberataques tem crescido 20% ao ano”, diz a Huawei
“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.