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Remy Sharp
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Um grupo de cientistas da Universidade de Utrecht, na Holanda, anunciou recentemente a descoberta de Argolândia, um continente formado há 155 milhões de anos e que até então permaneceu um mistério.

A Argolândia consistiu em um imenso território com 5 mil km de extensão na planície abissal de Argo, uma bacia submarina nas profundezas do oceano. No entanto, não é considerado um continente comum, pois era formado por fragmentos microcontinentais.

Segundo os geólogos Eldert Advokaat e Douwe van Hinsbergen, o território se separou do oeste da Austrália há 300 milhões de anos. Na época fazia parte do supercontinente Gonduana, e se dividiu em inúmeros fragmentos diferentes, dando origem a uma espécie de 'colagem geológica', que ficou submersa por milhares de anos.

Os pesquisadores investigaram a região do Sudeste Asiático, incluindo Sumatra, as Ilhas Andamã, Bornéu, Sulawesi e Timor, onde acreditam que a fragmentação do continente ocorreu. Os estudos também contaram com a ajuda de fósseis, cadeias de montanhas e rochas, cujos sinais de transformação indicavam a existência da Argolândia.

Onde a Argolândia está atualmente?

De acordo com os geólogos holandeses, os fragmentos da Argolândia não têm uma localização exata, pois se espalharam por diversos pontos do planeta. Acredita-se que uma parte afundou e está nas placas oceânicas sob o sudeste da Ásia.

Os pesquisadores também apontaram para fragmentos nos mares da Indonésia e Mianmar.

Como a descoberta ocorreu?

Os locais dos fragmentos da Argolândia foram revelados pelos cientistas com a ajuda de modelos de computador. No entanto, os esforços duraram sete anos e contaram com uma investigação intensa.

"Nós estávamos lidando com ilhas de informação e, por isso, a pesquisa demorou tanto tempo. Passamos sete anos tentando montar esse quebra-cabeças. (...) O fato de a Argolândia ter se dividido em diferentes pedaços obstruiu a nossa visão sobre a jornada feita pelo continente", explicou Eldert Advokaat, um dos responsáveis pelo estudo.

Os cientistas envolvidos defendem que a descoberta pode trazer mais informações sobre a história geológica da Argolândia e os processos de transformação da biodiversidade, assim como a sua importância para a formação do planeta Terra.

Eles também afirmam que o continente deva se classificado, na verdade, como "Argopélago", levando em consideração a ruptura do território em vários fragmentos.

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