Vale anunciará em breve venda de parte de ativos de petróleo
Em meio à redução do preço do minério de ferro, mineradora também vai reduzir investimentos e buscar parceiros
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 17h17.
Rio de Janeiro/Londres - A Vale vai anunciar dentro de algumas semanas a venda de parte de seus ativos de petróleo, disse nesta quinta-feira o presidente da companhia, Murilo Ferreira, durante uma coletiva de imprensa em Londres.
A mineradora informou no começo deste ano que colocaria à venda seus ativos de petróleo e gás, dentro de um plano de se desfazer de empreendimentos que fogem às suas atividades principais de mineração.
Mas, no final de junho, a empresa disse que decidiu remodelar a venda para manter blocos com potencial de gás com a justificativa de que precisa de energia própria para realizar suas atividades.
Localizados em áreas próximas a regiões consideradas santuários ecológicos, alguns dos blocos foram suspensos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) por falta de licença ambiental.
A Vale decidiu se desfazer de alguns ativos, reduzir investimentos e buscar parceiros para alguns projetos em meio à queda do preço do minério de ferro e a perspectivas de uma demanda mais fraca por seu principal produto.
GUINÉ
A Vale também deixou de lado projetos como Simandou, na Guiné, mas esclareceu que não abandonou o projeto definitivamente.
A falta de respostas do governo da Guiné sobre a participação na ferrovia e a indefinição política motivaram a suspensão do projeto de Simandou, disse Ferreira.
"Nós continuamos interessados em ficar na Guiné. Mas precisamos de transparência. Temos investidores e precisamos ser transparentes com eles", afirmou.
Segundo ele, a Vale não saiu da Guiné, mas terminou a fase exploratória, precisando agora conhecer as regras do jogo para a próxima etapa.
PARCEIROS EM MOÇAMBIQUE
O presidente da Vale informou ainda que há empresas interessadas em ter participação na ferrovia que a mineradora está implementando em Moçambique, onde desenvolve o gigantesco projeto de carvão Moatize.
Segundo Ferreira, produtores agrícolas que operam com cargas expressivas têm potencial para se tornarem parceiros da companhia.
A ferrovia possui cerca de 900 quilômetros, dos quais 210 km estão sendo construídos e outros cerca de 690 km são infraestrutura já existente que precisa de reforma.
Ferreira disse que a mineradora não tem pressa para vender participação na norueguesa Norsk Hydro, produtora de alumínio.
LOGÍSTICA
Ferreira disse ainda que a Vale espera ter uma decisão sobre tamanho de fatia à venda da sua empresa de logística nos dois primeiros meses de 2013.
A mineradora, que possui uma gigantesca estrutura de portos e ferrovias, dissera anteriormente que vai vender de 50 por cento a 70 por cento de uma empresa de logística criada para concentrar ativos de carga geral, que não deve incluir a logística de produtos de mineração.
A Vale espera a aprovação para entrada na China de seus mega navios, os chamados Valemax, em 2013, disse o diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da companhia, José Carlos Martins, no mesmo evento. (Reportagem de Sabrina Lorenzi e Jeb Blount, no Rio de Janeiro, e Clara Ferreira Marques, com reportagem adicional de Silvia Antonioli, em Londres)
Rio de Janeiro/Londres - A Vale vai anunciar dentro de algumas semanas a venda de parte de seus ativos de petróleo, disse nesta quinta-feira o presidente da companhia, Murilo Ferreira, durante uma coletiva de imprensa em Londres.
A mineradora informou no começo deste ano que colocaria à venda seus ativos de petróleo e gás, dentro de um plano de se desfazer de empreendimentos que fogem às suas atividades principais de mineração.
Mas, no final de junho, a empresa disse que decidiu remodelar a venda para manter blocos com potencial de gás com a justificativa de que precisa de energia própria para realizar suas atividades.
Localizados em áreas próximas a regiões consideradas santuários ecológicos, alguns dos blocos foram suspensos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) por falta de licença ambiental.
A Vale decidiu se desfazer de alguns ativos, reduzir investimentos e buscar parceiros para alguns projetos em meio à queda do preço do minério de ferro e a perspectivas de uma demanda mais fraca por seu principal produto.
GUINÉ
A Vale também deixou de lado projetos como Simandou, na Guiné, mas esclareceu que não abandonou o projeto definitivamente.
A falta de respostas do governo da Guiné sobre a participação na ferrovia e a indefinição política motivaram a suspensão do projeto de Simandou, disse Ferreira.
"Nós continuamos interessados em ficar na Guiné. Mas precisamos de transparência. Temos investidores e precisamos ser transparentes com eles", afirmou.
Segundo ele, a Vale não saiu da Guiné, mas terminou a fase exploratória, precisando agora conhecer as regras do jogo para a próxima etapa.
PARCEIROS EM MOÇAMBIQUE
O presidente da Vale informou ainda que há empresas interessadas em ter participação na ferrovia que a mineradora está implementando em Moçambique, onde desenvolve o gigantesco projeto de carvão Moatize.
Segundo Ferreira, produtores agrícolas que operam com cargas expressivas têm potencial para se tornarem parceiros da companhia.
A ferrovia possui cerca de 900 quilômetros, dos quais 210 km estão sendo construídos e outros cerca de 690 km são infraestrutura já existente que precisa de reforma.
Ferreira disse que a mineradora não tem pressa para vender participação na norueguesa Norsk Hydro, produtora de alumínio.
LOGÍSTICA
Ferreira disse ainda que a Vale espera ter uma decisão sobre tamanho de fatia à venda da sua empresa de logística nos dois primeiros meses de 2013.
A mineradora, que possui uma gigantesca estrutura de portos e ferrovias, dissera anteriormente que vai vender de 50 por cento a 70 por cento de uma empresa de logística criada para concentrar ativos de carga geral, que não deve incluir a logística de produtos de mineração.
A Vale espera a aprovação para entrada na China de seus mega navios, os chamados Valemax, em 2013, disse o diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da companhia, José Carlos Martins, no mesmo evento. (Reportagem de Sabrina Lorenzi e Jeb Blount, no Rio de Janeiro, e Clara Ferreira Marques, com reportagem adicional de Silvia Antonioli, em Londres)