Negócios

Startup movimenta R$ 5,8 milhões fazendo marcas decolarem em marketplaces

Ao ajudar confecções a ganharem espaço em plataformas como Amazon, Dafiti, Magalu, Netshoes e Shopee, Helpvend intermediou 90.000 pedidos no último mês

Renan Andrade ao lado de Nathália Gimenez: mais de 70 clientes em dois anos de atuação, e uma média de 125 pedidos intermediados por hora (HELPVEND/Divulgação)

Renan Andrade ao lado de Nathália Gimenez: mais de 70 clientes em dois anos de atuação, e uma média de 125 pedidos intermediados por hora (HELPVEND/Divulgação)

e

exame.solutions

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 09h00.

Impulsionada pela última Black Friday brasileira, a Helpvend registrou o melhor mês de sua curta trajetória em novembro. Especializada em digitalizar marcas de moda e de outros segmentos, a companhia intermediou em um mês 90.000 pedidos — uma média de 125 a cada hora — e 5,8 milhões de reais.

Fundada em janeiro de 2020, a startup movimenta, em média, 4 milhões de reais por mês e já coleciona mais de 70 clientes. Em 2021, o número de consumidores atendidos ultrapassou a marca de meio milhão.

Em resumo, a companhia ajuda marcas a ganhar espaço e a faturar nos marketplaces mais disputados, como Amazon, Magalu, Dafiti, Shopee e Netshoes.

“Inserir produtos nessas plataformas não é complicado, mas isso não basta para sua marca se destacar”, diz Renan Andrade, que exerce o cargo de CEO da Helpvend. “Temos o know-how para que sua confecção decole nesses marketplaces e sabemos por onde começar.”

Modelo de negócio

A startup faz toda a gestão do e-commerce das empresas atendidas, encarregando-se do cadastro dos itens à venda até o atendimento ao cliente. Tirando a emissão das notas fiscais e o despacho dos produtos, tudo fica sob atribuição da Helpvend.

Convém registrar que ela não cobra nenhuma mensalidade ou taxa inicial. Apenas um percentual de cada venda efetivada — ele parte de 10% do valor de cada peça e diminui conforme o volume de compras aumenta.

Case de sucesso

Sediada em Americana, no interior de São Paulo, a startup coleciona cases inacreditáveis de sucesso. Um dos clientes, a marca de bonés, buckets e camisetas MXC BRASIL faturava 50.000 reais quando contratou a Helpvend. Em novembro, a empresa viu seu faturamento saltar para 1,3 milhão de reais.

Outro cliente, que não faturava nem um real com a internet antes de bater na porta na Helpvend, hoje embolsa 1 milhão de reais por mês com as vendas digitais.

“Muitos de nossos clientes, com confecções de longa trajetória, mantinham-se presos ao varejo físico porque ele deu certo por muito tempo”, lembra Nathália Gimenez, também fundadora e diretora de operações da empresa. “Mas com a pandemia, a digitalização se mostrou inevitável e extremamente vantajosa”.

E como! Segundo a Neotrust, foram concluídas 78,5 milhões de compras online no Brasil no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 57,4% em relação ao mesmo período de 2020. Se observarmos só o faturamento, o salto é ainda mais expressivo, de 72,2%. E essas transações nos primeiros três meses de 2021 totalizaram 35,3 bilhões de reais.

Por outro lado, de acordo com a eMarketer, os e-commerces cresceram 26,7% em 2020, movimentando 4,2 trilhões de dólares. Para este ano prevê-se a marca de 4,8 trilhões de dólares.

“A pandemia acelerou as compras digitais, mas não se trata de um fenômeno passageiro”, sustenta Andrade. “Os e-commerces estão crescendo ano a ano e vão continuar em alta”.

Acrescente-se que parte considerável do faturamento deles se deve aos marketplaces. De acordo com a 42ª edição do relatório Webshoppers, elaborada pela Ebit em parceria com a Nielsen, 78% do faturamento total do mercado vem dessas plataformas.

Segundo o levantamento, foram 64 milhões de pedidos no primeiro semestre de 2020 — um aumento de 52% na comparação com 2019 — e um ticket médio de 466 reais.

Como tudo começou

Com doze anos de experiência no universo dos e-commerces e com uma confecção própria, Andrade e Nathália resolveram tirar a Helpvend do papel depois de digitalizar, antes da pandemia, a loja Compre Jeans, de Capivari, no interior de São Paulo. “Foi nosso primeiro cliente, que nos mostrou que há um mercado gigante para explorarmos”, lembra Andrade.

A startup criou sua própria plataforma para acompanhar a venda de todos os clientes — em todos os canais e em tempo real — e pretende desenvolver novas tecnologias capazes de impulsionar os negócios das marcas sob sua responsabilidade. Ela também almeja atingir a cifra de 10 milhões de reais intermediados por mês em 2022 e triplicar a quantia investida na captação de novos clientes.

Acompanhe tudo sobre:e-commerceModaStartups

Mais de Negócios

The Led compra Invian para deixar as propagandas físicas e digitais mais próximas

No meio da pandemia, eles apostaram em seguro viagem. Hoje faturam R$ 72 milhões

Eles venderam um negócio nos EUA por R$ 30 milhões. E vão usar este dinheiro no Brasil

Com Black Friday, pequenas e médias empresas digitais faturam R$ 601 milhões em novembro