- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Quem é a União Química, que pretende produzir a vacina Sputnik V no Brasil
União Química se reúne nesta quinta-feira com a Anvisa e espera a aprovação do uso emergencial da Sputnik V no Brasil
Modo escuro
União Química: empresa brasileira vai fabricar Sputnik V. (Anadolu Agency/Getty Images)
Publicado em 21 de janeiro de 2021 às, 15h49.
Última atualização em 21 de janeiro de 2021 às, 17h28.
A farmacêutica União Química passou a ser mais falada após demonstrar interesse em produzir no Brasil a vacina contra a covid-19 Sputnik V desenvolvida na Rússia. Mas sua história é de longa data. A empresa que começou em 1936 com o nome de Laboratório Prata, foi em 1970 adquirida por João Marques de Paulo, que deu origem à União Química.
A companhia, que faturou cerca de 2,7 bilhões de reais em 2020 e contrata 6.349 pessoas, tem no mercado medicamentos conhecidos como o anticoncepcional Ciclo 21, que produz 5,5 milhões de caixas por mês, ou ainda a solução de lágrima artificial Lacrifilm.
Está estruturada em cinco unidades de negócios: agener (animais de companhia, de produção e reprodução), farmacêutico (genéricos, similares e OTC), genom (prescrição médica), hospitalar e terceirização, e desde da década de 1980 é presidida por Fernando de Castro Marques, que falou à EXAME os detalhes sobre o interesse na Sputnik V.
"Nos aproximamos do governo chinês e russo antes da covid-19 por conta da nossa divisão animal, mas estreitamos laços para frear a pandemia", afirma Marques.
Aproximação com os russos
Depois de diversas aquisições de unidades fabris, como da Novartis em 2014, da Zoetis em 2017, e da Elanco na Geórgia, nos Estados Unidos, em 2018, Marques viu a oportunidade de se aproximar dos governos chinês e russo para ofertar a somatotropina bovina, indicada para a maior lactação das vacas, uma vez que a empresa estava focada no desenvolvimento também da divisão animal e estes países são grandes consumidores de leite -- a China, por exemplo, importa 17% de todo o leite produzido no mundo.
A partir dessa aproximação, quando surgiu a covid-19, foi possível estreitar o relacionamento com o governo russo para entender o desenvolvimento da Sputnik V e continuar o desenvolvimento na frente de biotecnologia da União Química.
"Estivemos na Rússia diversas vezes e fechamos um contrato com o Fundo Soberano da Federação da Rússia para o desenvolvimento em outubro do ano passado. Assim podemos vender a vacina para outros mercados independente da aprovação da Anvisa, uma vez que ela já está sendo aplicada em outros países e se mostrou segura", diz Marques.
Segundo ele, na semana passada sete executivos estiveram novamente na Rússia para esclarecer dúvidas regulatórias que serão repassadas para a Anvisa.
Doses
Marques afirma que, caso a Anvisa aprove o uso emergencial da vacina, o Brasil deve receber 10 milhões de doses neste trimestre. Já a produção por aqui deve começar em março em uma fábrica em Guarulhos, São Paulo, de 178 mil metros quadrados, e em outras unidades fabris.
"A partir de abril a projeção é fazer oito milhões de doses mensais, que no prazo de um ano é 96 milhões de doses. Estamos correndo contra o tempo e esperamos que essa mudança fortaleça a saúde do país, mas também uma política de incentivo à indústria", afirma.
A expectativa é que até amanhã, dia 22, ou sábado os técnicos da Anvisa se reúnam para analisar a solicitação de uso emergencial da vacina com base em novas informações apresentadas. A taxa de eficácia da Sputinik V é de 91,4%, segundo o governo russo. Desenvolvida no Centro de Pesquisas Gamaleya, de Moscou, a vacina chamou a atenção de alguns estados brasileiros no ano passado.
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound
Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano
Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis
Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.