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O sociólogo italiano Domenico de Masi, a partir do momento em que cunhou o conceito de 'ócio criativo', mudou a forma de a sociedade enxergar a relação com a produção do trabalho. Ele teve a morte confirmada neste sábado, 9, e as causas não foram divulgadas.  

Na teoria do sociólogo, o ócio não significa 'não fazer nada', mas representa a necessidade de tempo dedicado a aspectos culturais, relacionais e de entretenimento, seja consumindo ou produzindo conteúdo. Segundo ele, o tempo livre se faz necessário para estimular a criatividade, o que também  aprimora a relação entre a sociedade.

Ao analisar países por características comportamentais e culturais, De Masi percebeu que aqueles com raízes católicas costumam replicar a cultura de “trabalhar mais é melhor”. O sociólogo dizia que gerentes de países católicos como os Estados Unidos, Brasil, Espanha e Itália acreditam na obrigação de ficar até mais tarde no trabalho, como uma espécie de penitência necessária para aquele que tem o privilégio do trabalho.

No entanto, diante dos métodos de gestão dominantes serem norte-americanos, isso também acaba se tornando verdade para países não católicos, como a Coréia, a China e a Índia.

Domenico De Masi em Valle Piana, na Itália, em julho de 2021. (Crédito: Ivan Romano/Getty Images)

Prestígio no Brasil

Domenico de Masi ficou conhecido no Brasil especialmente por seu livro “O ócio criativo”, mas é autor de outros já traduzidos para o português. Alguns deles são: “Desenvolvimento Sem Trabalho”, “A Emoção e a Regra” e “O Futuro do Trabalho”.

Leia também: G20: Lula cita ciclone no RS e cobra dívida de países ricos para combater aquecimento global

Em 2010, o italiano recebeu o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro. Já em 2014, em seu livro "O Futuro Chegou", De Masi analisou o modelo de sociedade do Brasil. 

Quando questionado sobre a dinâmica do mundo corporativo no país, o sociólogo acreditava que, assim como na Itália e Espanha, o Brasil estaria mais preparado para se viver com mais tempo livre, com mais ócio. Isso porque, ele enxergava no Brasil a era 'pós-industrial', em que o próprio trabalho daria mais tempo para as relações.

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