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O que muda na Kopenhagen com a entrada da Nestlé

A Nestlé acertou a compra do controle do Grupo CRM na madrugada desta quinta-feira, 7

Kopenhagen: franquia segue como principal canal da empresa (Rafael Felix/Divulgação)

Kopenhagen: franquia segue como principal canal da empresa (Rafael Felix/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 7 de setembro de 2023 às 08h26.

Última atualização em 7 de setembro de 2023 às 08h27.

A Nestlé acertou na madrugada desta quinta-feira, 7, a compra do controle do Grupo CRM, dono das marcas de chocolate Kopenhagen, Brasil Cacau e da rede de cafeterias Kop Koffe. Com a aquisição, o fundo de private equity Advent, dono majoritário do grupo desde 2020, deixa o negócio. A operação é estimada em R$ 4 bilhões, mas a empresa não divulgou o valor oficial. 

Em entrevista à EXAME, Renata Vichi, CEO do Grupo CRM, afirmou que a meta estipulada pelo fundo, de dobrar de tamanho em cinco anos, foi alcançada antes do prazo. 

"Nós entregamos o resultado do plano de cinco anos em menos de três anos. Agora, queremos triplicar o número de lojas até 2026 junto com a Nestlé", diz Vichi. 

A iniciativa de deixar o Grupo CRM partiu da própria Advent, que buscou interessados no mercado para a aquisição — entre eles a rede de franquias Cacau Show. O sócio do fundo de privite equity Wilson Rosa afirma que o fundo cogitou realizar um IPO, mas por conta do atual momento do mercado decidiram fazer um M&A.

Perguntado sobre expectativas em relação a aprovação do Cade, o CEO da Nestlé no Brasil, Marcelo Belchior, afirmou que acredita na rápida aprovação da aquisição, diferente do que aconteceu com a Garoto.

O que muda na Kopenhagen com a Nestlé?

Nestlé compra Kopenhagen: Wilson Rosa, sóci da Advent, Renata Vichi, CEO do Grupo CRM e Marcelo Belchior, CEO da Nestlé

Wilson Rosa, sócio da Advent, Renata Vichi, CEO do Grupo CRM e Marcelo Belchior, CEO da Nestlé

"Inovamos em produtos, mas não mudamos o modelo de negócio", disse a CEO Renata Vichi sobre um possível entrada da Kopenhagen em novos canais de vendas, como supermercados, com a chegada da Nestlé.

O plano de expansão segue o mesmo: aumentar o número de franquias. Até o fim do ano, o grupo deve ter mais de 1200 unidades em funcionamento. A expectativa é triplicar o número de unidades nos próximos três anos.

"A Nestlé e a Kopenhagen tem uma convergência muito grande em termos culturais. Queremos trabalhar cada vez mais focado entregar uma melhor experiência para o nosso consumidor", diz  Belchior.

A liderança do negócio também continua a mesma. Vichi e os diretores seguem em seus cargos.

"Queremos perpetuar a marca para além das pessoas. Todos nós acreditamos em uma história de sucesso continuada. Com a Nestlé, uma grande empresa centenária, vamos dar sequência ao nosso processo de expansão", diz Vichi.

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