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Novo CEO da Vale diz que Samarco reabrirá - só não sabe quando

A Samarco está parada desde o rompimento de uma barragem de Mariana, em novembro de 2015, que matou 19 pessoas

Samarco: parece que as partes interessadas estão adiando o cronograma de reinício em 2017 (Ricardo Moraes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2017 às 17h32.

Rio de Janeiro - O novo presidente da Vale , Fabio Schvartsman, está confiante de que a joint venture da empresa com a BHP Billiton, atualmente paralisada, retomará as operações. Só não sabe quando.

“A Samarco vai retomar”, disse a jornalistas em assembleia de acionistas no Rio de Janeiro, na terça-feira. “A dúvida é quando. Não sei dizer. Depende de coisas que não estão sob nosso controle.”

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A Samarco está parada desde o rompimento de uma barragem de rejeitos, em novembro de 2015, que matou 19 pessoas e foi descrita pelo governo como o pior desastre ambiental da história do Brasil.

No início do ano, as duas proprietárias e o Ministério de Minas e Energia mostraram confiança de que a mina retomaria as operações no segundo semestre de 2017.

Agora, parece que as partes interessadas estão adiando o cronograma de reinício em 2017. Após defender-se em um primeiro momento de diversos ataques legais de procuradores locais, o processo de relicenciamento parou devido a um conflito relacionado aos direitos de uso da água com o prefeito de uma cidade pequena.

Na região do entorno da mina, milhares de pessoas estão sem trabalho e ansiosas pelo retorno da mina. O reinício das operações também permitiria que o empreendimento retomasse os pagamentos de bilhões de dólares em dívidas.

Quando indagado se havia alguma discussão em andamento para saída da BHP, que tem sede em Melbourne, Austrália, do empreendimento, Schvartsman disse que a possibilidade não foi levantada em uma conversa recente dele com o CEO da BHP, Andrew Mackenzie.

Apesar de afirmar que ambas as acionistas estavam trabalhando duro para ajudar as áreas afetadas, Schvartsman disse que é lamentável que a Samarco tenha escolhido de forma independente o caminho que levou ao desastre, dado o “profundo conhecimento” da Vale e da BHP sobre barragens de rejeitos. Ele não deu detalhes. A Samarco preferiu não comentar o assunto.

Nas semanas posteriores ao acidente, o antecessor de Schvartsman, Murilo Ferreira, virou alvo de críticas por tentar distanciar a Vale do acidente atribuindo a culpa exclusivamente à Samarco.

Tanto a Vale quanto a BHP tinham representantes no conselho de administração da Samarco, que já foi a segunda maior produtora mundial de pellets de minério de ferro.

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