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"Não é hora de parar com o ChatGPT", diz criador de startup bilionária de inteligência artificial
Alexandr Wang, fundador da Scale AI, discursou durante o primeiro dia do Brazil at Silicon Valley, evento que reúne lideranças brasileiras na Califórnia
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Alexandr Wang e Peter Norving durante primeiro dia do Brazil at Silicon Valley 2023 (Maria Clara Dias/Exame)

Publicado em 24 de abril de 2023 às, 19h40.
Última atualização em 24 de abril de 2023 às, 20h42.
*De Santa Clara, Califórnia
O empreendedor Alexandr Wang está determinado a provar que inteligência artificial (IA) não é um bicho de sete cabeças. Às voltas com a popularidade do ChatGPT, ferramenta que usa IA generativa para criar conteúdos e textos, o posicionamento do jovem entusiasta de tecnologia capturou a atenção de centenas de fundadores durante uma palestra de 1 hora no primeiro dia do Brazil at Silicon Valley (BSV).
Wang é criador da Scale AI, startup de software que auxilia empresas e instituições a desenvolver aplicações a partir da adoção de inteligência artificial — e cuja criação vem após a desistência de Wang do MIT, aos 19 anos de idade. O sucesso da empresa, já bilionária, também tornou Wag o mais jovem bilionário do mundo, segundo ranking da revista "Forbes".
No BSV 2023, o empreendedor falou sobre as principais oportunidades e riscos da aplicação de inteligência artificial em diferentes setores da economia. Ao lado de Wang estava Peter Norving, pesquisador da área no Google.
“Acredito que estamos caminhando rumo à democratização da IA. Isso significa permitir que a tecnologia seja usada por todos, e com a finalidade de ajudar a humanidade”, disse Wang, quando questionado por Norving a respeito das barreiras de acesso a ferramentas mais sofisticadas.
Uma das premissas do ChatGPT está na facilidade do acesso — a versão brasileira da ferramenta para respostas automáticas, por exemplo, custa em torno de R$ 100 mensais. No entanto, mesmo otimista em relação ao uso igualitário da tecnologia, torná-la em algo democrático ainda vai demandar esforço e tempo. “Essa é uma missão árdua, principalmente quando dizemos que democratizar significa permitir que todos tenham o poder de usar a tecnologia à sua maneira", disse.
Na prática, segundo Wang, isso será possível com a criação de linguagens de programação adaptáveis, e que funcionem facilmente em laptops ou aplicativos móveis. Desse modo, seria mais provável afirmar que, com as possibilidades infinitas para o uso de IA em diferentes aplicativos, IA seria, de fato, algo “popular”.
Quais são os desafios
Segundo Wang, o entusiasmo em torno das quase infinitas possibilidades para o uso da inteligência artificial generativa acaba esbarrando em implicações de segurança de dados e até mesmo em questões geopolíticas. “Ainda há muito que se fazer e a preocupação é sob o ponto de vista de proteção dos consumidores”, disse.
Já do lado político, ele destacou a falta de transparência em relação ao desenvolvimento da tecnologia por outros países. “Sabemos que os Estados Unidos estão liderando as pesquisas nessa frente. Mas não sabemos como a China está se desenvolvendo, ou a Rússia. Isso pode desencadear um risco geopolítico”.
“Está claro que a IA pode ser usada para determinar política, pode ser usada por forças militares e influenciar o poder".
Fim das pesquisas?
Driblar esses desafios requer uma dose de paciência e cautela, mas de modo algum a cessão dos testes envolvendo a tecnologia, na visão do empreendedor. A opinião é contrária ao que defendem boa parte dos pesquisadores e líderes de tecnologia, que assinaram carta pública em defesa da “pausa” do desenvolvimento da IA.
A resposta está na continuidade das pesquisas, mas em velocidade que respeite a aceitação das pessoas — e do próprio mercado. “Temos de continuar desenvolvendo a tecnologia de IA generativa, como o ChatGPT, mas de maneira mais lenta”, diz. Wang e Norving concordam que o que deve ser acelerado são os avanços na parte regulatória.
*A jornalista viajou a convite da organização do evento
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