Lucro da Saudi Aramco cai pela metade em ano marcado pela pandemia
Apesar da queda no lucro, empresa registrou queda nas despesas; CEO diz que companhia manteve a robustez
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Saudi Aramco: Funcionário da Aramco caminha perto de um tanque de óleo na refinaria de petróleo Ras Tanura da Saudi Aramco e terminal de petróleo na Arábia Saudita (Ahmed Jadallah/Reuters)
Publicado em 21 de março de 2021 às, 13h26.
Última atualização em 21 de março de 2021 às, 14h05.
Em um ano marcado pela pandemia de covid-19, a Saudi Aramco viu seu lucro cair pela metade em 2020, indo de 88,2 bilhões em 2019 para 49 bilhões de dólares em 2020. Ou seja, a redução foi de 44% no ano passado.
A queda no lucro da empresa de petróleo é uma tendência que vem desde 2019. Em 2018, o lucro registrado foi de 111,1 bilhões de dólares.
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Apesar da queda, a companhia se comprometeu a pagar 18,75 bilhões de dólares em dividendos referentes ao quarto trimestre, totalizando 75 bilhões de dólares no ano.
A maior parte do valor vai para o governo da Arábia Saudita, que detém mais de 98% da empresa.
“Em um dos anos mais desafiadores da história recente, a Aramco demonstrou sua proposta de valor única por meio de sua considerável agilidade financeira e operacional”, disse o presidente e CEO Amin H. Nasser, em nota. “Como resultado, nossa posição financeira permaneceu robusta.”
Em 2020, a empresa produziu 9,2 milhões de barris de petróleo por dia, enquanto as despesas tiveram queda, passando de 32,8 bilhões de dólares em 2019 para 27 bilhões.
Em comunicado hoje, Nasser se comprometeu a fornecer energia para a China, informando que a demanda no país está perto do nível pré-pandemia e ressaltando o crescimento da demanda na Ásia. “Garantir a segurança contínua das necessidades de energia da China continua sendo nossa maior prioridade - não apenas pelos próximos cinco anos, mas pelos próximos 50 anos e além”, afirmou Nasser.