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Kia Motors anuncia investimento de R$ 165 mi no Brasil para 2018

O plano da empresa é elevar sua rede de concessionárias nacionais de 90 unidades para 115 ao final do ano que vem

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Kia Motors: até o fim deste ano, a Kia espera vender 8 mil veículos no Brasil (Creative Commons/Reprodução)

Kia Motors: até o fim deste ano, a Kia espera vender 8 mil veículos no Brasil (Creative Commons/Reprodução)

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André Ítalo Rocha, do Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2017 às, 17h46.

São Paulo - Maior importadora de veículos do Brasil, a Kia Motors anunciou nesta quinta-feira, 19, que pretende investir R$ 165 milhões no País em 2018. O aporte, se concretizado, deve criar 1.300 empregos e abrir 25 novas concessionárias.

O plano da empresa é elevar sua rede de concessionárias nacionais de 90 unidades para 115 ao final do ano que vem, recuperando parte das perdas da marca no País nos últimos anos.

A nova rodada de investimento da Kia se apoia principalmente no fim da atual política industrial do governo para o setor automotivo, que se chama Inovar-Auto e é alvo de críticas da Kia porque impõe uma sobretaxação para carros importados na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A política brasileira, que começou em 2013, tem prazo para acabar no fim de 2017 e o governo prepara, em parceria com o setor, um novo regime, batizado de Rota 2030.

Hoje, as importadoras até podem vender carros no Brasil sem a sobretaxação, mas há um limite de 4.800 unidades por ano. Se a marca supera esse nível, tem de pagar 30 pontos porcentuais a mais na alíquota do IPI.

Com o fim do Inovar-Auto, porém, cai essa exigência e os carros importados se tornam mais competitivos no mercado brasileiro.

O setor acredita que a sobretaxação não deve continuar, até porque a medida foi condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Até o fim deste ano, ainda sob as regras do Inovar-Auto, a Kia espera vender 8 mil veículos no Brasil. Para o ano que vem, sem a sobretaxação no IPI, a expectativa é chegar a 20 mil unidades.

A montadora já encomendou 5 mil, produzidos nas fábricas na Coreia do Sul e no México, para vender no início do ano que vem.

"Com isso, a Kia poderá iniciar janeiro com maior volume de veículos em estoque para comercialização, contribuindo, em 2018, com recolhimento de impostos aos cofres públicos da ordem de R$ 1,2 bilhão", disse o presidente da montadora no Brasil, José Luiz Gandini.

Das 25 novas concessionárias previstas para 2018, 10 já estão acertadas, sendo quatro delas na cidade de São Paulo, uma em Campinas (SP), uma em Campos dos Goytacazes (RJ), uma em Juiz de Fora (MG), uma em Vila Velha (ES), uma em Campo Grande (MS) e outra em Salvador (BA).

As outras 15 estão em fase prospecção ou negociação com grupos empresariais da cadeia de distribuição. A ideia, segundo Gandini, é priorizar os grupos que tiveram de fechar concessionárias da Kia durante a crise.

Em 2011, no melhor da montadora no Brasil, quando foram vendidas 80 mil unidades, a rede contava com 180 concessionárias e 6,5 mil empregos diretos. Hoje, as 90 concessionárias somam 2,7 mil empregos.

Dos R$ 165 milhões previstos em investimentos para 2018, R$ 50 milhões serão destinados às novas lojas, dinheiro que será aplicado em parceria com os grupos empresariais que vão montar os pontos.

Do restante, R$ 45 milhões serão investidos em softwares e equipamentos, R$ 5 milhões em adequação de estoques de peças originais de reposição para os novos modelos a serem lançados e em treinamento de colaboradores e, por último, R$ 35 milhões para a implantação de um centro tecnológico.

Gandini ressaltou que a melhora esperada para o ano que se deve principalmente ao fim do Inovar-Auto e não ao aquecimento da economia.

"Existe uma demanda reprimida pela marca Kia, mesmo com a crise econômica", afirmou. "E mesmo que o mercado aumente, não temos estrutura para vender mais do que 20 mil unidades", acrescentou.

O empresário disse ainda que não espera que a Kia volte um dia a atingir o auge alcançado em 2011, porque a concorrência hoje é maior e o câmbio é menos favorável.

E também descarta a implantação de uma fábrica no Brasil. "Com uma capacidade instalada atual de 5 milhões de unidades e um mercado de 2 milhões de unidades, não é o momento para isso", garantiu.

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