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Indústria revela em evento global o que o Brasil pode esperar com o 5G
No MWC em Barcelona, fabricantes e operadoras aceleram negócios na frente B2B e apresentam lançamentos em mercado que já conta com mais de 1.200 devices com nova tecnologia
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Mats Granryd, diretor geral da GMSA (a associação que reúne operadoras móveis de todo o mundo), em painel do MWC (Mobile World Congress) 2022 em Barcelona | Foto: Divulgação (MCW 2022/Divulgação)
Publicado em 3 de março de 2022 às, 08h46.
Última atualização em 3 de março de 2022 às, 10h10.
A indústria de tecnologia voltou aos eventos presenciais. E o retorno se deu em grande estilo. O MWC (Mobile World Congress), principal evento global do setor de tecnologia móvel, termina nesta quinta-feira, dia 3, em Barcelona, reunindo as maiores fabricantes de celulares, notebooks e aparelhos eletrônicos e de equipamentos e infraestrutura de telecomunicações.
No centro das atenções de executivos das empresas, clientes e imprensa especializada esteve a inovação proporcionada pelo espectro 5G, a quinta geração de tecnologia móvel, que ganha escala e novas aplicações nos principais mercados globais. É um ecossistema cada vez mais dominante unindo operadoras, fabricantes de equipamentos, empresas privadas e governos.
É uma espécie de aperitivo do que os brasileiros podem esperar para os próximos meses e anos, depois da tão aguardada conclusão do leilão do 5G no país no fim do ano passado.
Operadoras móveis devem investir (em Capex) mais de US$ 600 bilhões no mundo entre 2022 e 2025, dos quais cerca de 85% em redes 5G, segundo novas estimativas da GSMA Intelligence apresentadas durante o MWC. O ritmo de expansão tem sido cada vez mais acelerado, e a adesão de grandes mercados como o brasileiro só acelera essa tendência em ritmo global.
É um mercado de números superlativos com crescimento acelerado. O número de operadoras móveis com redes 5G dobrou em apenas um ano, superando a marca de 200 ao fim de 2021.
O mundo deve chegar a 1 bilhão de conexões 5G até o fim deste ano; até 2025, uma em cada quatro conexões móveis no mundo deve utilizar redes 5G.
“O desenvolvimento do mercado 5G tem sido muito mais rápido do que esperávamos. Já são 640 milhões de usuários no mundo em apenas três anos. No 4G, essa marca levou seis anos para ser alcançada”, disse Zhu Huimin, vice-presidente de Marketing para Wireless da Huawei, em painel paralelo com a programação do MWC em Barcelona.
“Há smartphones com preços atraentes não apenas no segmento high end mas também no intermediário e de entrada, com preços em torno de US$ 150. São valores que aumentam a penetração do 5G no mercado”, destacou a VP de Marketing para Wireless da Huawei.
Metade dos smartphones com conexão 5G vendidos no mercado chinês custa até US$ 400, apontou a executiva.
A grande aposta das empresas fornecedoras de equipamentos e das operadoras móveis está na demanda corporativa, na medida em que os ganhos advindos de maior velocidade – pelo menos dez vezes maior do que a do 4G –, maior número de conexões e redução da latência aumentam a precisão e a eficiência de operações e criam novas formas de executar atividades.
O caminho para ampliar o mercado e rentabilizar a operação é expandir as redes 5G.
A China Mobile informou que pretende chegar ao fim do ano com 1 milhão de estações base para o 5G, o que seria equivalente à metade do total previsto para todo o mercado do país. A previsão foi dada pelo presidente do conselho da maior operadora móvel do mundo, Yang Jie -- a companhia tinha 400 mil assinantes de 5G em janeiro.
A Huawei, que é a líder mundial na fabricação de equipamentos na indústria de telecomunicações, revelou que já fechou mais de 3.000 contratos comerciais de 5G com operadoras e parceiros no seu país. Um dos casos apresentados no evento foi o acionamento e o controle de máquinas em minas de carvão no norte do país de forma remota, ampliando a segurança da operação.
Empresas estão contratando e operando suas próprias redes privadas 5G para ganhar eficiência nas suas linhas produtivas, casos da Toyota e da Lufthansa, para ficar em apenas dois exemplos.
“O foco para o 5G será o mercado B2B, que vai levar as operadoras a uma transformação, porque isso exige que elas dominem o que se chama de tecnologia operacional. Como funciona uma linha de produção etc.”, disse Wilson Cardoso, CTO (executivo-chefe de Tecnologia) da Nokia para a América Latina, à EXAME em Barcelona.
“Estimamos que, no Brasil, haverá 140.000 redes privadas em curto período de tempo”, afirmou o executivo.
No país, são exemplos companhias como Vale e Petrobras, ambas em indústrias de exploração que usam as redes para fins de automação, entre outros: no caso da Vale, em operação de minas, e da estatal, em supervisão e comunicação com plataformas offshore.
Mas houve também inovação para o consumidor final no MWC em Barcelona. Gigantes de eletrônicos presentes ao evento apresentaram novas linhas de produtos com conexão às redes 5G e, portanto, com maior velocidade.
Já são mais de 1.200 devices no mundo habilitados para a quinta geração de tecnologia móvel, dos quais mais da metade de smartphones. E o avanço se dá tanto na frente premium como em modelos mais acessíveis, como destacou a executiva da Huawei.
No primeiro caso, a Samsung apresentou dois novos notebooks premium, o Galaxy Book2 Pro e o Galaxy 2 Pro 360, que incluem a conectividade como um dos destaques. O Book2 Pro funciona com as conexões Wi-Fi 6E (ou seja, trabalha também com a frequência de 6 Ghz) e 5G.
Outro destaque do Book2 Pro é a sua conectividade com os demais equipamentos da série Galaxy, como o smartphone, o tablet e os buds (fones de ouvido portáteis). Os preços no mercado americano partem de US$ 1.049,99 e US$ 1.249,99, respectivamente.
O Galaxy Book2 Pro é a primeira linha de PCs para o consumidor que atende aos requisitos de PC com Secured Core da Microsoft, solução planejada para clientes corporativos que demandam níveis mais elevados de segurança, como bancos e governos. A ferramenta integra hardware, firmware e software para aumentar a proteção contra potenciais ataques.
O conceito que amarra as novidades é estender a experiência de uso do trabalho para qualquer lugar, o chamado “anywhere office”. Não há, por enquanto, previsão da chegada ao Brasil.
É o conceito também explorado na frente B2B e para consumidores pela Huawei com sua marca Smart Office: integrar todos os devices como se fossem um só, simplificando e integrando a experiência de trabalho para os usuários, como se fosse uma única interface.
Houve novidades B2C também na frente das operadoras móveis. A Telefónica apresentou novos serviços para a casa apoiados na maior conectividade da rede 5G por meio de sua marca Movistar Plus+ no mercado espanhol. A proposta de valor é transformar a TV “convencional” com acesso à internet na principal plataforma de entretenimento e compras da residência.
A plataforma prevê desde a integração de serviços de streaming globais, como Netflix, Prime Video e Disney+, e locais até a compra de produtos e serviços por meio dos chamados Living Apps, que são aplicativos customizados para essa experiência.
No caso da Amazon, isso significa poder comprar na largada cerca de 20.000 produtos – é a TV Commerce. Com o Living App da japonesa Rakuten será possível comprar ingressos para shows e competições esportivas.
Tudo poderá ser conectado com a casa por meio da Aura, a assistente digital dotada de Inteligência Artificial da Telefónica.
Com tantas novidades de produtos e casos de uso e investimentos bilionários, executivos apontaram como explorar esse oceano de oportunidades para os próximos anos.
"É uma nova fronteira para o crescimento. Isso vai exigir um esforço conjunto de governos e formuladores de políticas, que devem ser informados e encorajados para dar apoio ao crescimento rápido e sustentado do 5G", disse Mats Granryd, diretor geral da GSMA, a associação mundial que reúne operadoras móveis, em um dos principais paineis do MWC.
*O jornalista viajou a Barcelona a convite da Huawei.
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