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Fundo de pensão do Canadá compra 12% da Smart Fit por R$ 1 bilhão

Na sexta (22), a rede de academias fez um aumento de capital de 664 milhões de reais, com subscrição de novas ações que serão integralizadas em até 60 dias

Rede de academias: enquanto de janeiro a setembro de 2018, a companhia registrou lucro líquido de 140,6 milhões, no mesmo período de 2019, amargou prejuízo de 6,8 milhões de reais (Leo Martins/Exame)

Rede de academias: enquanto de janeiro a setembro de 2018, a companhia registrou lucro líquido de 140,6 milhões, no mesmo período de 2019, amargou prejuízo de 6,8 milhões de reais (Leo Martins/Exame)

NF

Natália Flach

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 23h08.

Última atualização em 27 de novembro de 2019 às 12h16.

São Paulo - O fundo de pensão do Canadá CPPIB comprou 12,4% da rede de academias Smart Fit por 1,07 bilhão de reais. O fundo tem mais de 16,4 bilhões de dólares investidos na América Latina, onde investe diretamente desde 2006. Possui em seu portfólio ativos do mercado imobiliário, infraestrutura, dívida e private equity.

"A Smart Fit oferece oportunidade para CPPIB aumentar a sua exposição na América Latina", diz Tania Chocolat, diretora e responsável do CPPIB pelos investimentos diretos em ações na América Latina, em nota.

A rede de academias chegou a considerar abrir capital, mas, graças aos aportes recebidos, desistiu da ideia. Afinal, não precisava mais de recursos adicionais, segundo reportagem de EXAME de agosto. 

Com operação em dez países, a Smart Fit possui 739 academias. A expectativa é que até o fim do ano sejam abertas outras 78 unidades para atender os mais de 2,5 milhões de alunos.

Na sexta-feira passada, 22, a rede realizou um aumento de capital de 664 milhões de reais, mediante a subscrição de novas ações ordinárias pela BPE FIT Holding S.A., acionista que é parte do bloco de controle da companhia. As ações subscritas serão integralizadas em até 60 dias.

Resultados

Apesar de a SmartFit ter reduzido seu prejuízo líquido no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado em 60,4%, ao passar de um prejuízo de 24,9 milhões de reais para 9,9 milhões de reais, no acumulado do ano, a situação continua bastante delicada.

Enquanto de janeiro a setembro de 2018, a rede de academias registrou lucro líquido de 140,6 milhões, no acumulado de 2019, amarga prejuízo de 6,8 milhões de reais.

Os motivos, de acordo com relatório de resultados, foram o aumento da depreciação (de 36,4 milhões de reais), em função do maior número de academias próprias (+89%); maior despesa financeira (de 25,6 milhões de reais), em linha com o crescimento no endividamento líquido consolidado do grupo (+125%); e aumento de 12,9 milhões de reais no imposto de renda, impactado pela consolidação das operações no México e Colômbia.

Por sua vez, a receita líquida teve um salto de 80% nos nove primeiros meses do ano, ao passar de 781 milhões de reais para 1,4 bilhão de reais.

 

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