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Remy Sharp
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A fintech Drip levantou R$ 40 milhões em investimentos com a SRM Ventures, braço de venture capital da gestora SRM Asset para negócios com startups. Em operação desde o início de 2022, a plataforma oferece um serviço de PIX parcelado e sem juros para compras online em mais de 500 varejistas no país. 

O negócio foi criado por Patrick McDougall Sterea e Paulo Albuquerque, dois ex-funcionários do Nubank com expertise em desenvolvimento de produtos e em tecnologia, respectivamente. Além de parcelamento em 3 vezes sem juros, outro atrativo do modelo é a oferta de cashback. 

A startup tem uma base de 25 mil usuários, interessados em compras de vestuários e cosméticos, especialmente. Em geral, a cartela de clientes é formada por jovens adultos que querem preservar o limite de crédito dos seus cartões. 

Como as compras parceladas travam os valores, os usuários utilizam a plataforma da Drip para as transações em lojas diversas, como:

  • Nike
  • O Boticário
  • Shein
  • Shopee
  • Saucony

Os valores disponibilizados em créditos ficam entre 600 e 1.200 reais. Desde o lançamento, cerca de R$ 15 milhões em transações passaram pela startup.

Como o valor levantado será usado

Os novos recursos serão usados exclusivamente para financiar a operação. “O valor permite que nós cresçamos a nossa oferta entre 15 a 20 vezes o que estamos fazendo hoje”, diz McDougall Sterea. Apesar das novas possibilidades, o CEO diz que a estratégia da startup é cautelosa com a oferta de crédito e está mais centrada no crescimento constante do que em escalar a qualquer custo.  

O acordo entre a Drip e a SRM Ventures mistura FIDC (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios) com participação no negócio (equity). “O nosso modelo é diferente de outros no mercado. A grosso nosso, nós só ganhamos em um evento de eventual saída (exit) ou liquidez”, diz André Szapiro, head da SRM Ventures. 

Por isso, além do capital, a empresa deve ter uma atuação mais próxima da startup, com suporte financeiro e tecnológico. “Nós vamos apoiar a Drip e usar todo o know how do grupo para gerar negócios”. 

A operação da SRM Ventures foi criada há cerca de 1 ano e meio com R$ 500 milhões em capital, estruturado a partir de um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) warehouse. O modelo permite que diversas fintechs guardem as suas carteiras de crédito originadas nas transações em um mesmo veículo de investimento até que tenham um volume elevado o suficiente para criar um FIDC próprio. 

Para onde a Drip está olhando

Desde que começou a ser estruturada, a Drip recebeu investimentos em torno de R$15 milhões, em duas rodadas entre outubro de 2021 e novembro de 2022. Com a entrada dos novos recursos, a ideia é não voltar a captar por ora, e sim direcionar os esforços do time para dentro de casa.

“O investimento permite que cresçamos e não tenhamos necessidade de rodada de equity”, afirma McDougall. O foco está no breakeven, estimado para o fim do primeiro trimestre do ano que vem, e na manutenção das atuais margens, acima dos 30%.

Para chegar lá, a plataforma tem investido em reforçar a experiência dos usuários, melhorando os algoritmos para personalizar as recomendações e dicas de produtos e marcas alinhadas às buscas. Além disso, tem aprimorado a ferramenta de análise de crédito, com inadimplência hoje na casa de 5% e que nos meses iniciais do negócio chegou ao pico de 25%.  

Neste ano, a Drip prevê um faturamento de R$ 6 milhões, crescimento de 5 vezes em relação ao resultado do ano passado. A expansão é tracionada pelo aplicativo, lançado em dezembro do ano passado e que facilitou a interação entre os usuários e as lojas. 

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