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Ex-operador de Wall Street compra loja de lanches falida e hoje fatura US$ 103 milhões

O negócio, que vende uma variedade de pipocas e bolinhos, tem sido lucrativo desde 2021

Pipoca orgânica foi a grande responsável pelo crescimento das vendas (Reprodução )

Pipoca orgânica foi a grande responsável pelo crescimento das vendas (Reprodução )

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de setembro de 2024 às 12h51.

Charles Coristine tiha um trabalho no Morgan Stanley. Ele amava o ritmo, até mesmo acordando no meio da noite para negociar nas bolsas de valores de Tóquio e Londres.

Em 2011, depois de quase duas décadas em Wall Street, Coristine se cansou. Ele tentou mudar para uma dieta vegetariana, meditar e se inscrever em um programa de MBA. Nenhum deles funcionou.

Em um churrasco, Coristine conheceu um dono da empresa de lanches LesserEvil, que falou sobre querer vender seu negócio. Coristine não tinha experiência na indústria alimentícia, mas ficou intrigado com a ideia de um novo começo — e ele gostou que o nome da empresa fosse "sincronizado" com um estilo de vida saudável e consciente.

Em novembro de 2011, Coristine comprou a LesserEvil por US$ 250.000 vindos de suas economias, mais um pagamento futuro de US$ 100.000, de acordo com documentos revisados ​​pela CNBC. O risco foi impulsivo e mal pesquisado, ele diz.

A LesserEvil, que visava oferecer aos consumidores alternativas mais saudáveis ​​de pipoca e lanches, estava perdendo dinheiro e gerando menos de US$ 1 milhão em receita anual na época.

No entanto, a empresa sediada em Danbury, Connecticut, cresceu significativamente sob sua supervisão. Como CEO e presidente, Coristine aumentou suas vendas brutas anuais para US$ 103,3 milhões em 2023 — incluindo US$ 82,9 milhões em vendas líquidas — e colocou seus produtos em grandes varejistas e lojas de esquina nos EUA.

O negócio, que vende uma variedade de pipocas e bolinhos, tem sido lucrativo desde 2021, de acordo com estimativas da empresa. Ela teve um EBITDA de US$ 14,4 milhões no ano passado.

E como ele conseguiu isso?

Em 2012, ele obteve seu MBA e começou seu novo emprego em tempo integral como CEO da LesserEvil. Entre suas primeiras ações: contratar seu amigo da pós-graduação Andrew Strife como COO e CFO, e seu instrutor de wakeboard como chefe de marketing.

Nessa época, sua marca era antiquada não estava atraindo clientes. A empresa ainda pagava 20% de sua receita de cada venda para co-embaladores que ajudavam a fazer e enviar os lanches.

Em 2014, quando uma fábrica de carpetes vizinha se mudou, a LesserEvil derrubou o muro e adicionou o terreno e uma linha de produção às suas operações. Ainda naquele ano, a LesserEvil lançou o Buddha Bowl, uma pipoca orgânica totalmente reformulada . Ele arrecadou cerca de US$ 2 milhões naquele ano, respondendo por um terço da receita anual da companhia.

Kroger, o primeiro grande varejista a vender LesserEvil, começou a estocar seus produtos em 2015. Essa parceria ajudou a financiar outra mudança para LesserEvil em 2017 — dessa vez, para uma fábrica de de quase 2 mil metros quadrados, diz Strife à CNBC.

Um ano depois, a empresa obteve seu primeiro financiamento externo — cerca de US$ 3 milhões

A empresa ainda arrecadou US$ 62 milhões em vendas líquidas durante o primeiro semestre de 2024. Ela usou outra rodada de financiamento — US$ 19 milhõe - para abrir uma nova fábrica.

Hoje, a empresa tem 280 funcionários.

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