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Elon Musk no Brasil: como a Starlink poderá ser usada na Amazônia?

Além de levar internet rápida para lugares em que o 5G não poderá acessar, espera-se que os satélites do bilionários auxiliem no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica

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O CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk (Ted Talk/Reprodução)

O CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk (Ted Talk/Reprodução)

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Luciana Lima

Publicado em 20 de maio de 2022 às, 12h36.

Última atualização em 20 de maio de 2022 às, 12h44.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, se encontrou hoje, 20, com o presidente Jair Bolsonaro. O encontro com Bolsonaro e empresários aconteceu na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, por volta das 10 horas em paralelo ao Conecta Amazônia, evento para discutir marcos regulatórios na Amazônia e conectividade nas escolas. 

No Twitter, Musk comemorou sua visita: “Super animado por estar no Brasil para o lançamento do Starlink para 19.000 escolas desconectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazônia!”, escreveu em sua conta. 

O projeto em questão que envolve a Starlink, empresa de Musk que opera satélites de órbita baixa no Brasil, prevê oferecer internet ultrarrápida em regiões onde o 5G não deverá atingir por conta do alto custo de infraestrutura. 

O primeiro encontro para tratar do projeto aconteceu em dezembro do ano passado entre o Ministro das Telecomunicações, Fábio Faria, e o bilionário. Segundo Faria, com os satélites da Starlink, além de levar internet para lugares remotos, será possível atuar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica. 

Qual a diferença entre os satélites comuns e os da Starlink? 

De acordo com Musk, a Starlink opera por meio de uma constelação de vários satélites que orbitam a uma distância próxima da Terra, aproximadamente 550 Km. Enquanto isso, os satélites tradicionais geoestacionários orbitam o planeta a 35 mil Km de altitude.

Segundo a Starlink, por funcionar por meio do vácuo do espaço, é possível enviar e receber informações mais rapidamente do que o sistema de cabos de fibra óptica. Algo que só foi possível por conta de outro negócio do bilionário, a SpaceX, empresa aeroespacial que investiu bilhões para construir o Starlink e cobrir a Terra com internet ultrarrápida. 

Internet de guerra

Em fevereiro, em meio à suspensão dos serviços de internet na Ucrânia devido à invasão Russa, Musk ativou o serviço da Starlink no país. A ação veio depois de um pedido do vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, no Twitter.

No mesmo dia a cobertura da Starlink foi ativada em território ucraniano e, três dias depois, chegou a primeira remessa de kits com antenas e roteadores para que os ucranianos conseguissem acessar o serviço. 

Já tem o aval da Anatel 

Aqui no Brasil, em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o uso dos satélites conectados da Starlink no país. A licença, válida até março de 2027, permite que cerca de 4.400 aparelhos da empresa de Musk operem em áreas remotas, levando conexão de internet via antenas até a data.

A operação ganharia até mesmo um nome próprio por aqui. A Starlink passaria a se chamar Starlink Brazil Holding Limitada na representação brasileira. Na semana passada, a Anatel liberou o funcionamento de mais um roteador da Starlink no Brasil. Poucos dias antes, a empresa de Musk atualizou o mapa de disponibilidade do serviço para incluir o Brasil oficialmente entre os países atendidos. 

Por ora, a cobertura da Starlink envolve quase todo o território de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Até o final deste semestre, o Rio Grande do Sul deverá receber o serviço e, até dezembro, cidades do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo terão a cobertura. 

Com o encontro de hoje, a expectativa é que as conversas avancem, e novas definições relacionadas a preços e áreas de cobertura da empresa sejam definidas - sendo a Amazônia um dos principais alvos, especialmente pela falta de acesso à fibra óptica.

Quanto custa ter a internet da Starlink?

Já em relação aos preços, a expectativa é de que sejam um pouco salgados ao público final. A internet da Starlink deve custar cerca de R$ 500 mensalmente, mas o kit que inclui antena e roteador supera os R$2 mil.

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