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Remy Sharp
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Uma rápida visita ao perfil de Luan Kovarik, conhecido nas redes sociais como Jon Vlogs, e você encontra imagens diversas de viagens e momentos de curtição com outros influenciadores e personalidades da mídia do porte de Neymar Jr. Em dado momento, em 2021, ele e Gabriel ‘SemNick’ Moraes decidiram transformar o relacionamento construído no mundo dos influenciadores em um negócio. 

A Hypebud foi criada a partir daí e faturou R$ 100 milhões em 2022. Faz parte de um processo iniciado lá atrás, em 2015, nos primórdios das plataformas digitais e do que viria a se transformar um mercado gigante, o marketing de influência.

A estimativa do Insider Intelligence, antigo eMarketer, é de que o setor movimente globalmente em torno de US$ 100 bilhões de dólares, montante equivalente a 504 bilhões de reais.  

Com 15 anos e morando nos Estados Unidos para fazer o ensino médio, Luan queria compartilhar a experiência e, com uma câmera na mão, passou a gravar parte da sua rotina e da vivência. Criou um nome Jon Vlogs e, entre chacotas e brincadeiras dos amigos que o viam gravando o dia a dia, persistiu no projeto e foi alcançando um público cada vez maior. 

Qual é a proposta da HypeBud?

No retorno ao Brasil, com 19 anos, o jovem de Macaé, cidade do Rio de Janeiro, já tinha milhões de seguidores acompanhando as suas postagens e os vídeos feitos por  Gabriel ‘SemNick’ Moraes, o atual sócio na Hypebud. A relação dos dois começou com Moraes gravando e editando vídeos para as redes do influenciador, avançou para a amizade e para a parceria atual. 

Quando os dois sócios optaram por empreender, a ideia era pegar o que tinham aprendido e visto ao longo dos anos de experiência para criar algo diferente, menos engessado e com maior participação dos influenciadores.

“No mercado, há certos modelos em que a gente não pode pensar. Muitas vezes, eu recebia um papel dizendo o que eu tinha que falar, fazer, a roupa que precisava usar, a forma como falar da marca. E eu pensava: eu vou virar um robô, e a galera não vai curtir, sabe”, afirma Kovarik, hoje com mais 13 milhões de seguidores entre Instagram e YouTube.

A proposta, conta a influencer e empreendedor, é trazer os criadores para dentro dos projetos logo de início, criando os conteúdos a seis mãos: marca, agência e influenciador. O modelo começou com 10 streamers fazendo ativação na Twitch, plataforma adquirida pela Amazon em 2014 e com crescimento acelerado nos últimos anos.

Em pouco mais de dois anos, o número de influenciadores aumentou para cerca de 200. Sem contratos de exclusividade, eles são chamados para as ativações de acordo com as campanhas e estratégias das marcas como:

  • Amazon Prime
  • Blaze
  • Globoplay
  • Hugo Boss
  • Pepsico

Nos últimos meses, o contrato com a plataforma de cassino online Blaze, empresa que foi acusada de não pagar apostadores e que entrou na mira da CPI das Pirâmides Financeiras, gerou desgaste para o influenciador, a agência e outros criadores de conteúdo que anunciavam a marca, como Neymar e Felipe Neto. Nas redes, os influenciadores foram acusados de ter ganhos adicionais de acordo com as perdas dos apostadores

“O meu contrato com eles é igual ao feito com qualquer outra marca. Eu tenho que postar determinado número de stories ou vídeos e o valor é definido por isso. Independentemente de uma pessoa entrar na Blaze, ganhar ou perder”, diz.     

Como a Hypebud quer crescer no mercado

Além das ações que chegam a partir das demandas das marcas, a Hypebud quer se posicionar como uma casa de projetos próprios. Exemplo é o ‘Hype for Speed’, uma competição de arrancada de carros de luxo prevista para outubro e que atraiu marcas como Red Bull e a Ubisoft. "É um projeto que íamos colocar no mercado com recursos próprios, mas que teremos lucro neste primeiro ano", afirma.

Com o rápido crescimento no curto período de vida, a empresa começou a ganhar uma nova estrutura no começo deste ano. O sócio Gabriel Moraes assumiu como CEO da agência e novos profissionais foram contratados para profissionalizar a gestão, compondo um time de 10 pessoas. 

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