Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:
seloNegócios

A LVMH, dona de marcas de luxo como Dior, Tiffany & Co. e Louis Vuitton, se tornou a primeira empresa da Europa a superar o montante de 500 bilhões de dólares em valor de mercado. O recorde acontece em um momento em que a companhia se beneficia tanto de eventos internos quanto externos, como a reabertura chinesa e o aumento do valor do euro.

Internamente, a LVMH apresentou um forte crescimento no primeiro trimestre do ano, registrando receitas de 21 bilhões de euros - alta de 17% em relação ao ano anterior. Os dados foram impulsionados por vendas fortes na Europa e no Japão, além de ter mantido o ciclo de expansão nos Estados Unidos.

A reabertura chinesa, após ondas de fechamentos por conta da pandemia de Covid-19, também contribuiu para impulsionar os números e mostrar a apetite por produtos e artigos de luxo.

O resultado fez com que a empresa entrasse recentemente para o clube das 10 maiores empresas do mundo em valor de mercado, ranking liderado por empresas como Apple, US$ 2,533 trilhões; Microsoft, US$ 2,110 trilhões; e Saudi Arabian Oil, US$ 1,918 trilhão.

E, na manhã desta segunda-feira conquistasse a nova posição. Às 10h30, as ações da LVMH eram negociadas 902,90 euros, alta de 0,20%, na Bolsa de Paris, elevando o valor da empresa a 456,94 bilhões de euros. Em dólar, equivale a mais de 502 bilhões.

Quem está por trás da LVMH

A LVMH é comandada por Bernard Arnault, que detém 50% da operação. Atualmente, ele é o homem mais rico do mundo com um patrimônio estimado em US$ 243,2 bilhões, de acordo com o índice de bilionário da Forbes. Logo após a divulgação do  balanço do primeiro tri, o francês viu a sua fortuna aumentar US$ 11, 7 bilhões em apenas um dia.

Conhecido por sua gana de vencer e estratégia agressiva nos negócios, Arnault ganhou alguns apelidos que ajudam revelar a jornada construída pelo atual dono do posto de homem mais rico do mundo. Entre eles, “O Exterminador do futuro”, “Lobo de Cashmere”, “Sun Tzu do Luxo” e o “Maquiavel das Finanças”.

O primeiro, “O Exterminador do Futuro”, surgiu logo que entrou no mercado de luxo, na década de 1980. Ele disputou a licitação pelo Boussac, conglomerado que detinha a marca Christian Dior, e pouco tempo depois de assumir o negócio, demitiu nove mil funcionários e se desfez da maior parte dos ativos da empresa, mantendo a marca Dior.

A conquista do comando da LVMH veio como resultado de uma outra batalha travada pelo executivo, quando ganhou denominações como “o lobo do cashmere” e “Maquiavel das Finanças”, referência a Nicolau Maquiavel, autor do clássico “O Príncipe”.

Em 1989, ele assumiu empresa, resultado da fusão entre a empresa de moda Louis Vuitton e o produtor de bebidas Moët Hennessy, em 1987. Arnault tinha investido no negócio e passou a discordar da gestão de Henry Racamier, conhecido por vitalizar a Louis Vuitton. Por dentro, mexeu as peças, tirou Racamier do poder e o expulsou do conselho.

A última jogada em que a estratégia de Arnault pode ser acompanhada de perto foi na aquisição da Tiffany & Co. Após a LVMH e a joalheria americana anunciarem um acordo para a transação, veio a pandemia, perda de valor de mercado e trocas públicas de acusações entre as duas companhias.

A discussão rendeu a economia de alguns milhões de dólares para a LVMH e os seus acionistas – US$ 420 milhões, precisamente.

Além da fama de negociador ferrenho, Arnault também se notabilizou por seu empenho à filantropia e às causas ligadas ao meio ambiente.

Em 2019, ele doou aproximadamente US$ 11 milhões para ajudar no combate às queimadas na Amazônia. Na pandemia de Covid-19, o bilionário francês transformou parte de algumas de algumas instalações de fabricação de perfumes para a produção de 12 toneladas de álcool em gel, doadas a hospitais de Paris.

Créditos

Últimas Notícias

Ver mais
Ele ouviu que não tinha cara de CEO. Hoje, fatura milhões e faz o maior evento de inovação de Maceió

seloNegócios

Ele ouviu que não tinha cara de CEO. Hoje, fatura milhões e faz o maior evento de inovação de Maceió

Há 3 horas

Metalúrgicos da GM aprovam abertura de Programa de Demissão Voluntária

seloNegócios

Metalúrgicos da GM aprovam abertura de Programa de Demissão Voluntária

Há 3 horas

Conheça o novo negócio bilionário de um dos fundadores da Zap Imóveis

seloNegócios

Conheça o novo negócio bilionário de um dos fundadores da Zap Imóveis

Há 3 horas

Azul vai ampliar em 18% a oferta de voos no Rio a partir de janeiro de 2024

seloNegócios

Azul vai ampliar em 18% a oferta de voos no Rio a partir de janeiro de 2024

Há 5 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano

Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano

Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis

Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis

Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil

Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil

Poupança, CDB ou conta que rende? O que especialistas dizem sobre as aplicações
Minhas Finanças

Poupança, CDB ou conta que rende? O que especialistas dizem sobre as aplicações

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais