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Da China para Manaus: empresa da Multi inaugura fábrica de motos com investimento de R$ 10 milhões

A unidade fabril consumiu 10 milhões de reais em investimentos e tem capacidade para produzir 100.000 veículos por ano

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A Watts começou com a importação de scooters da China em 2018. Atualmente, as motocicletas tomaram a frente e respondem por 50% das vendas (Watts/Divulgação)

A Watts começou com a importação de scooters da China em 2018. Atualmente, as motocicletas tomaram a frente e respondem por 50% das vendas (Watts/Divulgação)

Adquirida pelo Grupo Multi no começo do ano passado, a Watts pretende acelerar a fabricação de motocicletas no país. A empresa de veículos elétricos está inaugurando a sua primeira fábrica em Manaus, capital do estado do Amazonas e conhecido polo para a fabricação de veículos duas rodas. A unidade fabril consumiu 10 milhões de reais em investimentos e tem capacidade para produzir 100.000 veículos por ano.  

A Watts foi fundada em 2018 por Rodrigo Gomes, atual diretor da empresa. Advogado de formação, o executivo de Londrina, no Paraná, começou a ter contato com a China em 2007 ao criar uma distribuidora que fazia a ponte entre fornecedores asiáticos e confecções brasileiras.

Entre as idas e vindas, começou a olhar para mobilidade, mercado que engatinhava no Brasil com a entrada dos patinetes e a busca por novos modais entre os consumidores para fugir do trânsito caótico das grandes cidades.

Qual é o modelo de negócio da Watts

“Eu comecei a pesquisar e conheci os scooters de roda larga. Aquele foi o exato momento que mudou a minha vida. Era uma solução mais adequada para a mobilidade que o patinete, mais robusto e que dava mais autonomia e confiança”, afirma Gomes.

A empresa  foi criada com investimentos iniciais de R$ 500.000, valor que permitiu a compra de 50 unidades de scooters.

Para vender o primeiro lote, ainda em produção na China ou em trânsito para o Brasil, o empresário adotou uma estratégia inusitada. Ele pegou a única unidade em solo nacional e a colocou em exposição em uma loja parceira. De tempos em tempos, pintava os para-lamas para uma das cores que tinha encomendado. Quando as scooters chegaram, já estavam todas vendidas.

O negócio cresceu estruturado com um modelo de concessionárias que funciona com pouco estoque e presta assistência técnica aos donos dos veículos. “Trabalhamos com um modelo de showroom e os concessionários têm um estoque mínimo, mas temos a capacidade de atender a pronta entrega”, afirma. No portfólio, a Watts tem hoje mais de 20 itens, entre:

  • scooters
  • motocicletas
  • bicicletas
  • patinetes elétricos

A chegada do Grupo Multi deu nova escala à startup, que desde o nascimento até a aquisição em março de 2022 tinha comercializado cerca de 3.000 unidades. Nos oito primeiros meses deste ano, o número supera 10.000. “Já estamos bem mais agressivos”, diz Gomes.

Em que áreas a Watts pretende crescer

As vendas são puxadas pela unidade de motocicletas, com três veículos no portfólio, e que representa 50% do faturamento da empresa. A expectativa é de que a Watts cresça 8 vezes em relação aos resultados do ano passado.

Com a inauguração da fábrica, uma área de cerca de 6.400 m² e que deve demandar a contratação de 80 funcionários, a intenção é intensificar os esforços para dar vazão à nova capacidade produtiva. A estratégia passa por cobrir diversos territórios.

  • Aumentar o número de concessionárias. Até dezembro, a expectativa é chegar a 60 e, no médio prazo, pretende contar com 300 lojas
  • Fortalecer a presença no varejo, em redes como Ri Happy e Centauro. O canal comercializa produtos que não precisam de homologação, como bicicletas e patinetes elétricos
  • Na divisão por faturamento, as concessionárias respondem por 80% das vendas e o varejo por 20%

Quais as estratégias da Watts para avançar no mercado B2B

Um outro mercado que a Watts pretende atacar e entende como dotado de grande potencial é o B2B, com a compra de motocicletas por empresas que trabalham com entrega de mercadorias. A área representa 10% do faturamento atual. “Nós esperamos que a representatividade cresça mais rápido que a rede de concessionária”, diz Gomes.

Segundo o executivo, as empresas que adotam a mobilidade elétrica podem ter redução nos custos de até 80%, considerando gastos com combustível, óleo e menores taxas de manutenção. Além disso, há todo o apelo ESG.

Nos cálculos do empresário, a divisão deve ganhar corpo e  responder por 30% do faturamento muito em breve. Recentemente, a startup fechou uma parceria com o Banco BV e a Rappi para oferecer descontos de até 12% nas motos elétricas para os entregadores independentes que operam na plataforma de delivery.

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