Credenciada a vender até passagem ao espaço, GSP Travel une-se à Atlanta e mira mercado de R$ 19 bi
A GSP Travel é a única entre duas agências brasileiras credenciadas pela Virgin Galactic, do bilionário Richard Branson, que vendeu uma viagem ao espaço. O valor foi de US$ 400 mil e o voo deve ser realizado em 2024
Ilan Wallach, Marcelo Auada e Rogê David: empresa quer ampliar serviços e entrar em novos mercados (GSP Atlanta/Divulgação)
29 de novembro de 2022, 11h50
Cinquentenárias no mercado de turismo de luxo, as agências GSP Travel e Atlanta Tour estão anunciando a fusão de suas operações. Um movimento que, segundo as empresas, tem o potencial de posicioná-las entre as cinco maiores no segmento.
O acordo que forma a GSP Atlanta Travel não envolveu troca de valores, apenas acionária. A participação será distribuída igualmente entre os três sócios: Rogê David e com Ilan Wallach, da GSP Travel, e Marcelo Auada, da Atlanta.
A transação é fruto de um relacionamento de longo prazo entre as agências, atuantes no segmento de eventos corporativos e viagens de lazer e luxo. Entre os serviços, trabalham desde passagens aéreas e hospedagens a aluguéis de vila, iates e cruzeiros.
A GSP Travel, por exemplo, é a única entre duas agências brasileiras credenciadas pela Virgin Galactic, do bilionário Richard Branson, que vendeu uma viagem ao espaço. Um cliente pagou a bagatela de US$ 400 mil pelo direito à viagem ao espaço pela companhia, o que deve ser realizada em 2024.
“Quando eles (Virgin Galactic) fizeram o primeiro voo, ligaram pessoas até dizer chega na agência querendo comprar”, afirma David sobre o voo realizado em meados de 2021 pela Virgin. Atualmente, as vendas estão fechadas.
Como foi a negociação
Embora concorrentes, David conta que os sócios das suas empresas sempre trocaram figurinhas. Na pandemia, quando as vendas chegaram a zero, se aproximaram ainda mais em conversas sobre quais decisões tomar em relação aos escritórios, clientes e funcionários.
“Na baixa, a sinergia foi tão grande que nós tínhamos certeza de que na alta seria muito melhor. Quando recomeçou, intensificamos a nossa troca de opiniões e percebemos que pensamos muito igual”, afirma o executivo.
Ele está desde 1991 e lidera a companhia ao lado do sócio Ilan Wallach, filho de Jacques Itzhak Wallach, israelense radicado no Brasil e quem fundou a agência em 1968 com o nome de Grande São Paulo Turismo. O negócio da Atlanta também é familiar, foi criado por João Auada, pai do Marcelo, o atual presidente.
Quais os efeitos com a fusão
A GSP Atlanta Travel nasceu com um time de 45 pessoas, sendo 35 da GSP e 10 oriundas da Atlanta. A expectativa, no curto prazo, é ampliar a equipe para aproveitar o bom momento retomado.
Em 2021, o mercado de turismo por agências registou um faturamento de R$ 19,3 bilhões, 37,6% de alta em relação ao ano de 2020, de acordo com números compilados pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) entre as suas filiadas.
E as duas empresas surfam o momento, com números de vendas que já superam os de 2019, de acordo com David. Este ano, ambas empresas caminhavam para fechar com alta de 30%. Com a fusão, a projeção é de outros 20% em 2023.
As companhias não abriram o faturamento atual, apenas a divisão por áreas. Luxo é responsável por 60% dos recursos, seguido por lazer e corporativos, 20% cada.
Com a integração, querem potencializar as entregas que oferecem aos clientes, como benefícios exclusivos e upgrade oferecidos a partir de acordos e reconhecimentos que cada uma tem globalmente.
“A Atlanta tinha uma série de certificações que nós não tínhamos e vice-versa”, diz David. Segundo o executivo, a nova agência agora tem a as certificações de todos as principais redes de luxo no mundo.
Outro apelo com a fusão é ampliar o mercado, entrando em novos estados. Hoje, 95% da receita de duas companhias estão concentradas em São Paulo. Ao longo do tempo, pretendem apresentar os seus serviços para endinheirados de outras regiões.
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