Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:
Apresentado por PETROBRAS
seloNegócios

Como grandes empresas devem lidar com gestão de riscos

Dinamismo dos negócios e expectativa dos investidores pedem transparência; empresas devem calcular impacto nos negócios antes de agir

Modo escuro

Continua após a publicidade
 (Weekend Images Inc./Getty Images)

(Weekend Images Inc./Getty Images)

A
Abril Branded Content

Publicado em 3 de julho de 2017 às, 17h40.

Última atualização em 6 de julho de 2017 às, 11h39.

Como o cidadão deve se cuidar para prevenir acidentes, roubos e doenças, as empresas também devem tomar cuidados no dia a dia. Os riscos corporativos dependem do setor de atuação da companhia, mas, de modo geral, os mais temidos são os financeiros, os operacionais, os que oferecem danos à reputação, as mudanças tecnológicas e as demandas regulatórias que podem impactar nos negócios. Fazem parte das preocupações empresariais problemas trabalhistas, ambientais, tributários, fiscais e de segurança da informação.

A construção de uma política de gestão de risco eficaz é realizada com treinamento e desenvolvimento de cultura interna de atenção ao risco, que invariavelmente passa pelas etapas de mapeamento, classificação, priorização e definição das tomadas de decisão. Às vezes, é preciso mitigar ou transferir os riscos, mas, em outros casos, a solução é simplesmente abortar a operação ou até assumi-los e seguir em frente.

Pesquisa Deloitte mostra como as empresas lidam com a gestão de riscos

Um exemplo de como a gestão de risco tem entrado de forma cada vez mais intensa no cotidiano das organizações é a Instrução 552 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de 2014, cujo objetivo é melhorar a qualidade e a transparência das informações levadas ao mercado. A norma amplia o escopo da divulgação de informações, incluindo as práticas de gestão de riscos e as estruturas de controles internos.

De acordo com Fábio Lotti Oliva, professor de gestão de risco corporativo da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), há várias dimensões que precisam ser levadas em conta na hora de analisar os riscos. Objetivos, estratégia, conformidade e comunicação são algumas delas.

“As empresas devem ainda identificar os eventos naturais, políticos e econômicos e avaliar a probabilidade de impacto nos negócios para, só então, definir uma resposta para cada risco. O monitoramento, para mantê-lo sob gestão, também é fundamental”, explica Oliva, para quem o risco da imagem é atualmente o mais preocupante para as empresas.

Votorantim

O início do uso da gestão de risco como uma ferramenta para a tomada de decisão na Votorantim Papel e Celulose (VCP) aconteceu depois de um estudo realizado por uma consultoria externa ter identificado oportunidades de alavancar ganhos mediante a diminuição da variação do Ebitda. Desde o começo, a gestão de risco na empresa é guiada pela definição de que risco é todo evento que possa impactar o atingimento dos objetivos.

A área de Gestão de Ativos e Riscos reporta-se ao diretor de Finanças e Relações com Investidores e seu conceito fundador parte da ideia de que os gestores das áreas devem ser os donos dos modelos de gestão de riscos e precisam apoiar as demais áreas por meio de reuniões e apresentações sobre o assunto.

Petrobras

Já a Petrobras usa o mapa de riscos como um dos instrumentos para a aplicação da sua política de riscos. A construção do mapa é um processo estruturado de identificação, priorização (avaliação de magnitude, impacto e frequência da ocorrência) e detalhamento de ações de tratamento e resposta para os principais riscos das atividades realizadas pela empresa.

Como resultado final do trabalho, chega-se a um mapa que fornece elementos para o acompanhamento dos riscos de forma estruturada, sendo que os mais graves são acompanhados diretamente pela alta administração da empresa.

Equipes de diversos segmentos e atividades na Petrobras desenvolveram mapas para todas as 21 categorias de riscos da companhia, relacionando centenas de fatores e ações para sua mitigação, de forma a dar segurança ao cumprimento das metas estabelecidas em seus planos de negócios.

De acordo com a empresa, os riscos identificados e descritos na elaboração do mapa servem de insumo para a definição de iniciativas de monitoramento e controle que podem impactar significativamente o cumprimento de objetivos estratégicos, a segurança, a imagem e o valor econômico da companhia, aumentando a chance de ações preventivas para possíveis situações desfavoráveis ou para aproveitamento de oportunidades.

Na opinião do professor Fábio Oliva, o engajamento do time é, aliás, fator crucial para o sucesso da gestão do risco. “Envolver as pessoas em eventos que levem à reflexão é essencial para que elas se sintam responsáveis pelo assunto.”

O que dizem os especialistas

Geert Aalbers, sócio da consultoria Control Risks

O ponto de partida para a construção de uma cultura de risco é o alinhamento da diretoria executiva e do conselho. É preciso ter uma estrutura de governança anterior a esse processo, que precisa estar formalizado e ser monitorado

Geert Aalbers, sócio da consultoria Control Risks

Ronaldo Fragoso, sócio-líder de Risk Advisory da consultoria Deloitte

A gestão de risco é uma ciência. Para ser bem-sucedida, precisa contemplar uma linguagem, ser uma prioridade, ter foco, sofrer atualização constante e servir como um modelo de avaliação

Ronaldo Fragoso, sócio-líder de Risk Advisory da consultoria Deloitte

Últimas Notícias

Ver mais
Após captar R$ 90 milhões, startup de plano de saúde Sami aposta em MEI e numa operação em hospitais

seloNegócios

Após captar R$ 90 milhões, startup de plano de saúde Sami aposta em MEI e numa operação em hospitais

Há 3 horas

Até 60% de redução nos custos: startup de consultórios para médicos Livance levanta R$ 65 milhões

seloNegócios

Até 60% de redução nos custos: startup de consultórios para médicos Livance levanta R$ 65 milhões

Há 5 horas

Como tornar sua empresa diversa? Documento mostra ações para tornar ambiente de trabalho inclusivo

seloNegócios

Como tornar sua empresa diversa? Documento mostra ações para tornar ambiente de trabalho inclusivo

Há 7 horas

Bebidas, azeite e mais: produtos de giro rápido crescem 157% no fim de semana pós Black Friday

seloNegócios

Bebidas, azeite e mais: produtos de giro rápido crescem 157% no fim de semana pós Black Friday

Há 19 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

ApexBrasil reúne investidores e governos em fórum no Itamaraty

ApexBrasil reúne investidores e governos em fórum no Itamaraty

Como a Suvinil tem reciclado o resto de tinta que você não usa

Como a Suvinil tem reciclado o resto de tinta que você não usa

Bastidores da produção sustentável do cacau viram série no Globoplay com Rodrigo Hilbert

Bastidores da produção sustentável do cacau viram série no Globoplay com Rodrigo Hilbert

Conheça o G10, conselho que reúne as maiores administradoras de condomínio de São Paulo

Conheça o G10, conselho que reúne as maiores administradoras de condomínio de São Paulo

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais