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Como fica a concorrência entre Vivo, Claro e TIM depois de repartir a Oi

Todas as três operadoras devem crescer, mas ordem do ranking não muda com redistribuição, com a Vivo seguindo na liderança

Oi: recuperação judicial solicitada em 2016, as dívidas da empresa foram projetadas em R$ 65 bilhões, mas o plano de recuperação conseguiu renegociá-las para R$ 29,9 bilhões (Sergio Moraes/Reuters)

Oi: recuperação judicial solicitada em 2016, as dívidas da empresa foram projetadas em R$ 65 bilhões, mas o plano de recuperação conseguiu renegociá-las para R$ 29,9 bilhões (Sergio Moraes/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 14h56.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2022 às 17h14.

A aprovação da venda da operação móvel da Oi pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta quarta-feira vai promover um crescimento das três operadoras concorrentes Vivo, Claro e Tim.

Antes da venda, a Oi ocupava o quarto lugar na posição da divisão do mercado, com 16,4% dos usuários. A líder era a Vivo, com 33%, seguida pela Claro, com 27,7%, e pela TIM com 20,6%. Os dados são da consultoria Teleco.

Depois que a venda for concluída, os usuários da Oi vão ser migrados para a operadora concorrente que tiver o menor tamanho naquela região de DDD. Em todo o estado do Rio de Janeiro, por exemplo, eles vão para a TIM. Em São Paulo, depende. No Vale do Paraíba, os antigos clientes da Oi, por exemplo, vão migrar para a Vivo. Na capital, vão para a TIM.

Como a TIM era a menor operadora, ficará com 39,5% dos 41,3 milhões de celulares da Oi no rateio, mais que a Claro (30,6%) e a Vivo (29,8%).

Assim, vai haver um crescimento de todas as três operadoras, mas a ordem do ranking não muda.

Para seguir com seus negócios e manter o plano de recuperação judicial desenhado há seis anos, a Oi precisava vender sua divisão móvel.

O negócio, que foi fechado em dezembro, e contará com a compra dessa rede pelas concorrentes Vivo, Claro e TIM, vale R$ 16 bilhões e era crucial para a empresa não quebrar.

No entanto, não houve unanimidade justamente porque há críticas quanto ao risco de a cobertura da rede móvel de telefonia no Brasil ficar com a concorrência menor.

 

O Grupo Oi foi formado da Telemar, concessionária de telefonia fixa privatizada em 1998. Na recuperação judicial solicitada em 2016, as dívidas da empresa foram projetadas em R$ 65 bilhões, mas o plano de recuperação conseguiu renegociá-las para R$ 29,9 bilhões. Agora, com a venda bilionária da operação móvel, a empresa deve conseguir seguir o plano.

Apesar de as posições seguirem inalteradas, a consultoria de inteligência do mercado Teleco destaca que a TIM conseguirá diminuir a distância entre ela e a segunda colocada Claro, mudando a um pouco a dinâmica de concorrência entre ambas.

Após a aprovação do Cade nesta quarta-feira, as ações da Oi operam em alta.

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