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Braskem será 10ª maior empresa do Brasil

São Paulo - A oficialização do acordo de compra da Quattor pela Braskem, ocorrida hoje, conclui o processo de consolidação do setor petroquímico brasileiro e cria uma empresa hegemônica no fornecimento de polietileno e polipropileno no mercado brasileiro, sendo a 11ª maior petroquímica do mundo e a 10ª maior empresa brasileira. Ao assumir o controle […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

São Paulo - A oficialização do acordo de compra da Quattor pela Braskem, ocorrida hoje, conclui o processo de consolidação do setor petroquímico brasileiro e cria uma empresa hegemônica no fornecimento de polietileno e polipropileno no mercado brasileiro, sendo a 11ª maior petroquímica do mundo e a 10ª maior empresa brasileira. Ao assumir o controle dos polos petroquímicos instalados no Rio de Janeiro e no ABC paulista, a Braskem se torna a empresa responsável por fornecer aproximadamente 90% das resinas utilizadas domesticamente para a produção de itens plásticos, segmento que vai desde as sacolas utilizadas em supermercados até brinquedos e eletroeletrônicos.

A empresa, que está sendo chamada de Nova Braskem e cujo controle continuará a ser da Odebrecht, com aproximadamente 50% do capital votante, será a 11ª maior petroquímica do mundo, em produção de eteno. Levantamento da consultoria especializada no setor químico MaxiQuim aponta que a capacidade de produção conjunta de Braskem e Quattor é próxima de 4 milhões de toneladas anuais, o que coloca a nova companhia próxima à norte-americana Chevron Phillips e à chinesa Sinopec, que produziam pouco mais de 4 milhões de toneladas com base em dados de 2008.

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A capacidade de produção de polietileno e polipropileno, mercado no qual a companhia é hegemônica em território nacional, supera 4,5 milhões de toneladas, o equivalente a 3,6% da produção mundial dessas resinas. A Braskem ainda é líder na produção de PVC, mercado no qual concorre localmente com a Solvay Indupa - a Quattor não possuía produção de PVC. A operação também eleva a Braskem à condição de uma das dez maiores empresas do Brasil em faturamento. De acordo com levantamento da consultoria Economática, a Braskem, hoje na 12ª posição do ranking, ultrapassaria a Telesp e a Vivo e assumiria a 10ª posição, com receita líquida de R$ 12,1 bilhões entre janeiro e setembro de 2009.

Esse resultado, no entanto, considera apenas a receita da Quattor Petroquímica no período, que foi de R$ 1,09 bilhão. Com a incorporação de toda a Quattor, cujo faturamento no intervalo foi de R$ 3,24 bilhões, segundo a controladora Unipar, a receita da nova empresa no período teria superado R$ 14 bilhões, o que aproxima ainda mais a nova Braskem do Pão de Açúcar, nono no ranking, com receita líquida de R$ 15,8 bilhões no intervalo - o levantamento divulgado pela Economática não considera a operação entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, anunciada em dezembro passado.

O negócio, em contrapartida, abre espaço para que o governo ceda em alguns pontos considerados fundamentais ao setor petroquímico. É o caso da possível assinatura de um acordo comercial entre Mercosul e Oriente Médio, o que abriria o mercado nacional para os grupos instalados em países como Arábia Saudita, Kuwait e Qatar, ou a redução da tarifa de importação de resinas termoplásticas, hoje em 14%.

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