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Árabes assumem nesta quarta primeira refinaria da Petrobras posta à venda

Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) e seus ativos logísticos associados, na Bahia, para o grupo Mubadala Capital, com o pagamento de 1,8 bilhão de dólares à estatal

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Petrobras: a Rlam foi a primeira das oito refinarias que a Petrobras planeja vender a ter seu desinvestimento concluído (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: a Rlam foi a primeira das oito refinarias que a Petrobras planeja vender a ter seu desinvestimento concluído (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às, 11h21.

A Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) e seus ativos logísticos associados, na Bahia, para o grupo Mubadala Capital, com o pagamento de 1,8 bilhão de dólares à estatal, informou a petroleira em comunicado ao mercado nesta terça-feira.

Com capacidade para processar 333 mil barris de petróleo por dia, a Rlam foi a primeira das oito refinarias que a Petrobras planeja vender a ter seu desinvestimento concluído, como parte de um amplo plano de abertura do setor de refino ao investimento privado no país.

A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá a partir de 1º de dezembro a gestão da Rlam, que passou a se chamar Refinaria de Mataripe.

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Localizada no município baiano de São Francisco do Conde, a refinaria representa 14% da capacidade total de processamento de petróleo do país. Seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais totalizando 669 km de extensão.

"A Petrobras continuará apoiando a Acelen nas operações da refinaria durante um período de transição. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional", disse a empresa.

O valor pago reflete o preço de compra de 1,65 bilhão de dólares, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação.

O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses, adicionou a Petrobras.

"Essa operação de venda é um marco importante para a Petrobras e o setor de combustíveis no país", disse no comunicado o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

"Acreditamos que, com novas empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo e teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia e gerar benefícios para a sociedade."

O presidente destacou ainda que a venda é parte de um compromisso firmado com o órgão antitruste Cade para a abertura do mercado de refino.

"Do ponto de vista da companhia, é um avanço na sua estratégia de realocação de recursos. No segmento de refino, a Petrobras vai se concentrar em cinco refinarias no Sudeste, com planos de investimentos que a posicionará entre as melhores refinadoras do mundo em eficiência e desempenho operacional", afirmou Luna.

Mais cedo nesta terça-feira, executivo da Petrobras afirmou em encontro com investidores em Nova York que a empresa estava muito perto de realizar a conclusão da venda da Rlam e que poderia concluir a venda das refinarias Reman e SIX também neste ano.

Em nota, a Acelen afirmou nesta terça-feira que continuará a abastecer o mercado de derivados de petróleo regional e que assumiu "o compromisso de fomentar investimentos, gerar novas oportunidades de negócios e estimular o desenvolvimento da Bahia e do Brasil".

"Esta nova fase trará oportunidades de crescimento e mais investimentos para que a refinaria aumente a sua capacidade e diversifique a sua produção", disse no comunicado o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren.

O executivo pontuou ainda que o objetivo do grupo é "criar valor" e "gerar uma concorrência positiva para atender o mercado local e beneficiar a sociedade".

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