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AGCO sente efeito da desvalorização do dólar
A valorização do real ligou o sinal de alerta em grandes exportadoras, como a AGCO, subsidiária da empresa americana que é uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas do mundo. Com sede em Canoas, na Grande Porto Alegre, a Agco passou por grandes transformações nos últimos cinco anos e tornou-se a principal base de exportações […]
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Máquina agrícola Massey Ferguson, da Agco (Divulgação/Nilson Konrad)
Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às, 16h27.
A valorização do real ligou o sinal de alerta em grandes exportadoras, como a AGCO, subsidiária da empresa americana que é uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas do mundo. Com sede em Canoas, na Grande Porto Alegre, a Agco passou por grandes transformações nos últimos cinco anos e tornou-se a principal base de exportações da multinacional.
Em 1999, quando exportava apenas 5% de sua produção, a subsidiária brasileira, com receita de 220 milhões de dólares, contribuiu com 8% do faturamento global da Agco. Em 2003, com mais da metade de uma produção três vezes maior vendida no mercado externo e vendas de 600 milhões de dólares, a contribuição da subsidiária brasileira cresceu muito. Seu faturamento correspondeu a 30% da receita global da multinacional. "A AGCO apostou suas fichas no Brasil como base exportadora", diz Fábio Piltcher, diretor de marketing da Agco do Brasil.
Esses dados são importantes para entender porque o tema da desvalorização do dólar tem sido recorrente nas discussões internas em Canoas. "A pressão dos custos, com os aumentos de insumos importantes como o aço, somada à valorização do real, não deixa saída senão repassar essas diferenças no mercado externo, com alto risco de perder competitividade", diz Piltcher.
Responsável por mais de 50% das exportações de tratores do Brasil, a AGCO está preocupada com essa possível queda de competitividade. "Há outros mercados produtores que estão aí esperando as oportunidades", diz Piltcher. "Estamos dando uma." Embora a reconhecida qualidade do produto feito no Brasil seja levada em conta pelos clientes, o custo também é um fator importante. "Existe risco que perder vendas até para outras fábricas da Agco no mundo", diz Piltcher.
Uma das conseqüências nefastas da possível queda nas exportações é o reflexo que ela pode ter na operação da empresa. "No momento em que nos tornamos exportadores, conseguimos um equilíbrio melhor na fábrica, enfrentando com planejamento os altos e baixos dos mercados", diz Piltcher. A AGCO aumentou muito o número de funcionários para atender à demanda crescente. Em 1999, tinha pouco mais de 1 200 empregados. Terminou 2003 com 2 600. "Talvez não seja viável manter o ritmo de crescimento das exportações", diz Piltcher.
A empresa ainda não contabilizou as possíveis perdas que terá este ano. Ela está reduzindo a rentabilidade em alguns produtos para compensar a variação do dólar. Há vendas que foram fechadas com o dólar a R$ 3,10 há seis meses. "Agora recebo menos reais e o meu custo em reais aumentou. É claro que isso vai impactar no resultado final", diz o executivo. Agora, a empresa está esperando os novos movimentos da moeda. Enquanto isso, as vendas atuais são feitas com base na arte de equilibrar até onde o mercado pode absorver o aumento.
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