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Acionistas querem lance de pelo menos US$40 por ação da Xerox

Valor pedido por Icahn e Deason representa prêmio de 43% sobre a oferta da empresa japonesa Fujifilm

Xerox: Icahn e Deason detêm juntos cerca de 15% da fabricante de copiadoras e se opõem a negócio de US$ 6,1 bilhões com a Fujifilm (Jay Capers/Bloomberg)

Xerox: Icahn e Deason detêm juntos cerca de 15% da fabricante de copiadoras e se opõem a negócio de US$ 6,1 bilhões com a Fujifilm (Jay Capers/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2018 às 16h17.

Os acionistas da Xerox Carl Icahn e Darwin Deason, que se opõem a um acordo com a Fujifilm, disseram que considerariam uma oferta em dinheiro de pelo menos 40 dólares por ação da fabricante de copiadoras norte-americana - um prêmio de 43 por cento sobre a oferta da empresa japonesa.

Ao definir um preço mínimo para a Xerox, os investidores bilionários jogaram a bola de volta para a Fujifilm e também ganharam tempo para atrair outros investidores após a Xerox ter fracassado na véspera em obter um rápido recurso para contra uma decisão judicial temporária que está bloqueando o acordo.

Enquanto alguns analistas dizem que seria melhor a Fujifilm colocar dinheiro em seus negócios que não são de copiadoras e impressoras, outros argumentam que a empresa japonesa, que depende de sua joint venture com a Xerox para quase metade de sua receita, deve ceder às demandas dos acionistas ativistas.

"Não é barato, com certeza", disse Masahiko Ishino, analista do Tokai Tokyo Research Center. "Mas para a Fujifilm, ainda é melhor do que um completo colapso do negócio, o que poderia atrapalhar a Xerox de forma importante. A Fujifilm não deveria desperdiçar essa oportunidade."

Icahn e Deason, que juntos detêm cerca de 15 por cento da Xerox, opõem-se a um negócio complexo de 6,1 bilhões de dólares que daria à Fujifilm o controle da fabricante norte-americana de copiadoras e impressora e a avalia a empresa em cerca de 28 dólares por ação.

A estrutura atual do acordo exige que a Fujifilm obtenha de fato controle em troca de uma participação em sua joint venture, uma transação que não envolveria desembolso da empresa japonesa.

Os investidores ativistas estão "confiantes de que outros potenciais compradores estão esperando nos bastidores" e veem a possibilidade de valor semelhante ou melhor em uma Xerox independente, disseram eles em carta aberta a acionistas.

A Apollo Global se aproximou da Xerox para manifestar interesse sobre uma possível aquisição, disseram à Reuters pessoas a par do assunto.

A Xerox terá que esperar até setembro para que sua apelaçãoseja ouvida, de acordo com uma ação judicial na segunda-feira.

A Fujifilm disse em comunicado acreditar que vai ganhar seu próprio recurso contra a decisão liminar que bloqueia o acordo, acrescentando que as avaliações atuais do negócio foram justas. Uma porta-voz da empresa disse que não está em negociações para renegociar o acordo com a Xerox, mas se recusou a comentar mais.

A Fujifilm e a Xerox tornaram-se bastante dependentes uma da outra através de sua joint venture Fuji Xerox, e muitos analistas argumentam que as duas empresas estão inevitavelmente interligadas.

O empreendimento, no qual a Fujifilm tem 75 por cento, está focado na Ásia, região com maior potencial de crescimento. Mas também lida com contratos que fornecem aos clientes globais serviços da Xerox nos EUA e na Europa, e serviços da Fuji Xerox na Ásia.

Além disso, a Xerox não monta mais suas próprias copiadoras de escritório, e agora depende principalmente na Fuji Xerox, que também precisa do poder da marca da Xerox para aumentar sua presença na China e outras partes da Ásia.

A Xerox concordou em fechar um acordo com a Fujifilm no fim de janeiro, mas buscou melhores condições a pedido de Icahn e Deason, que conseguiram a ordem judicial no mês passado para bloquear temporariamente o acordo.

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