São Paulo - A vida de um homem de negócio é cheia de atribulações e ter que saber lidar com o bloqueio de seus bens pode estar entre elas, dependendo do caso.
Muitos executivos e empresários já passaram ou estão passando por essa experiência recentemente no país. Veja, a seguir, alguns deles que já enfrentaram esse problema:
Na semana passada, a Justiça dos Estados Unidos decretou o bloqueio de dois apartamentos em Nova York em nome de duas offshores dos banqueiros Luís Octávio Índio da Costa e Luís Felippe Índio da Costa, ex-controladores do Banco Cruzeiro do Sul. Os empresários são alvos de investigação e processo no Brasil por suposta gestão fraudulenta. O sequestro dos bens foi executado pela Corte Judicial no Distrito de Columbia, na cidade americana.
O ex-bilionário Eike Batista teve 122 milhões de reais bloqueados em sua conta corrente. A medida foi adotada pelo Ministério Público Federal (MPF), que investiga o empresário por manipulação de preço e uso de informação privilegiada em venda de ações da antiga OGX. O empresário, no entanto, apelou da decisão da Justiça de bloquear seus bens.
Em agosto de 2013, a Justiça Federal de Goiás decretou o bloqueio dos bens da BBom, empresa de rastreador de veículos, e de seus sócios. A decisão incluiu o sequestro de 300 milhões de reais em contas bancárias do grupo e de 100 veículos.
No mês passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indiciou quatro executivos do Grupo Rede por operações que resultaram na insolvência do grupo. A Aneel determinou o bloqueio dos bens do ex-controlador Jorge Queiroz e dos ex-executivos Carmem Pereira, José Carlos Santos e Ariel Vilchez. A informação foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar On-line, da revista EXAME.
Também no mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um relatório que apontou prejuízos de mais de 790 milhões de dólares na Petrobras por conta da aquisição da refinaria Pasadena, no Texas. O documento citou que Sérgio Gabrielli e outros ex-diretores são responsáveis pelas perdas e, por isso, como medida, aprovou o bloqueio de bens pelo período de um ano de vários ex-executivos da estatal. Gabrielli pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda ordem do do TCU de bloqueio de seus bens.
A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, também teve seu nome envolvido no processo que analisa a compra da refinaria de Pasadena. O nome da executiva, no entanto, foi retirado do processo que levaria ao bloqueio de seus bens.
Em dezembro do ano passado, a Justiça bloqueou contas bancárias e os automóveis de empresas e dos sócios do grupo Golin, dono da Boi Gordo. O grupo Golin comprou as Fazendas Reunidas Boi Gordo, em 2003. Um ano depois, a companhia decretou falência - uma das maiores do país, envolvendo 30.000 credores.
Em 2013, a Justiça do Rio Grande do Norte determinou o bloqueio de bens de mais de 30 empresas e 29 pessoas ligadas ao Grupo Líder, que pertence empresário Edvaldo Fagundes de Albuquerque. Os bens bloqueados correspondem a dívida fiscal de mais de 212 milhões de reais.
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