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Remy Sharp
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O presidente chinês, Xi Jinping, desembarca nesta segunda-feira, 20, na Rússia para uma visita ao presidente Vladimir Putin. A viagem é a primeira de Xi à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, cuja atual fase teve início em fevereiro de 2022. A visita dura até quarta-feira, 22. 

A ida a Moscou do mandatário chinês - também a primeira visita estrangeira desde que Xi foi reeleito para um terceiro mandato em casa - foi confirmada somente no fim da última semana, dias antes do embarque. O ministério das Relações Exteriores da China disse em comunicado na sexta-feira, 17, que a visita ocorre "a convite do presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin".

Até então, a última visita de Xi à Rússia havia ocorrido em 2019. (Dias antes do início da guerra em 2022, Putin já havia ido à China, na ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno.)

Em comunicado, o governo russo afirmou que serão assinados acordos bilaterais "importantes" e os líderes debaterão a "cooperação estratégica" entre os dois países, no "contexto do aprofundamento da cooperação sino-russa na arena internacional".

Parceria não militar por ora

A visita de Xi Jinping é vista como uma mostra de apoio de Pequim ao governo russo, em um cenário global conturbado para Putin.

A guerra na Ucrânia completou um ano em 24 de fevereiro, sem sinal de um cessar-fogo no horizonte e embates que se arrastam no leste e parte do sul ucraniano. Durante o fim de semana, Putin fez uma visita surpresa a áreas ucranianas hoje controladas pela Rússia, como a cidade de Mariupol. Após as visitas, o mandatário tinha volta agendada a Moscou no fim do dia para estar na capital quando da chegada de Xi.

A relação entre Rússia e China no contexto da guerra, por enquanto, não envolve envio de armas ou participação chinesa direta no conflito, mas o Ocidente teme que a visita de Xi possa marcar uma intensificação dessa relação, inclusive no campo militar.

A China afirma ter posição de neutralidade no conflito entre Rússia e Ucrânia, e critica potências do Ocidente, como os Estados Unidos, pelo envio direto de armas aos ucranianos.

A China foi um dos poucos países que se absteve em votação na Assembleia Geral da ONU neste ano, que pediu a saída russa da Ucrânia (o Brasil, na ocasião, votou pela saída russa do país, ao passo que pediu esforços diplomáticos das potências envolvidas para a busca de um cessar-fogo). Em discurso, o representante chinês afirmou que era preciso buscar uma "solução política" para o conflito e que "guerras não têm vencedores".

Na outra ponta, em meio às sanções ocidentais contra a Rússia, a China tem se tornado a principal parceira comercial de Moscou. A Rússia se tornou a maior fornecedora de petróleo aos chineses desde o início da guerra. A existência da China como parceira econômica da Rússia foi capaz de amenizar parte das perdas geradas pelas sanções ao longo do ano passado, e o PIB russo terminou caindo menos do que o esperado.

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