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Supremo Tribunal britânico analisará caso sobre independência da Escócia em outubro

Primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, deseja realizar uma nova consulta já há algum tempo

Supremo Tribunal Britânico: uma data para as audiências foi provisoriamente marcada para 11 e 12 de outubro de 2022 (PA Images/Getty Images)

Supremo Tribunal Britânico: uma data para as audiências foi provisoriamente marcada para 11 e 12 de outubro de 2022 (PA Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de julho de 2022 às 13h46.

O Supremo Tribunal britânico anunciou, nesta quinta-feira (21), que analisará em outubro um requerimento sobre a possibilidade de organizar um novo referendo de independência na Escócia. 

"Uma data para as audiências foi provisoriamente marcada para 11 e 12 de outubro de 2022", disse a mais alta jurisdição do Reino Unido em comunicado.

O governo autônomo regional da Escócia, controlado pelos separatistas SNPs, quer organizar um referendo de independência em 19 de outubro de 2023, mas primeiro busca uma segurança jurídica de que pode fazê-lo.

O Executivo britânico de Boris Johnson se recusou a transferir poderes ao governo autônomo de Edimburgo para que organize o referendo. Em 2014, os escoceses votaram sobre a independência e se recusaram a deixar o Reino Unido por 55% a 45%.

O principal argumento contra a secessão na época, após três séculos de união com a Inglaterra, foi que a Escócia ficaria de fora da União Europeia.

No entanto, o referendo sobre o Brexit, organizado dois anos depois, acabou, paradoxalmente, retirando a Escócia da UE justamente por ter permanecido no Reino Unido. Os eleitores dessa nação britânica se opuseram esmagadoramente ao Brexit.

Argumentando que isso mudou a situação, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, deseja realizar uma nova consulta há algum tempo.

Ela argumenta que uma maioria pró-independência no Parlamento autônomo escocês agora lhe dá um mandato democrático para fazê-lo.

Sturgeon afirma que esse segundo referendo seria "consultivo" e seria realizado somente com a aprovação do Supremo.

Se esse for o caso, o voto a favor da independência ainda precisa da aprovação dos parlamentos de Edimburgo e Londres.

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