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Senador americano nega culpa em caso de corrupção

Robert Menéndez é acusado de tentativa de obstrução da justiça em uma investigação de subornos e participação em rede corrupção para beneficiar o Egito e o Catar

O senador democrata de Nova Jersey, Robert Menéndez, acompanhado de sua esposa Nadine Menéndez, deixa o Tribunal Federal do Sul, em Manhattan (AFP Photo)

O senador democrata de Nova Jersey, Robert Menéndez, acompanhado de sua esposa Nadine Menéndez, deixa o Tribunal Federal do Sul, em Manhattan (AFP Photo)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 11 de março de 2024 às 20h37.

O senador americano de origem cubana Robert Menéndez se declarou inocente, nesta segunda-feira, 11, da acusação de que teria tentado obstruir a justiça em uma investigação realizada pelo Ministério Público sobre suborno e participação em uma rede de corrupção para beneficiar o Egito e o Catar.

Esta é a terceira vez que Menéndez comparece perante o Tribunal Federal Sul de Manhattan, que investiga o caso.

"Mais uma vez, não culpado", declarou o senador democrata ao ser questionado pelo juiz de instrução encarregado, Sidney Stein.

Sua esposa, Nadine Arslanian, o acompanhou e também se declarou não culpada pelas mesmas acusações.

O casal se sentará no banco de réus a partir de 6 de maio em um julgamento que deve durar entre quatro e seis semanas, segundo o magistrado.

De acordo com a última acusação, apresentada na semana passada pelos promotores, Menéndez fez com que seu antigo advogado enganasse os investigadores sobre os pagamentos que teria recebido de outros acusados no caso.

O senador e sua esposa são acusados de receber centenas de milhares de dólares, barras de ouro e outros valores entre 2018 e 2022 dos empresários Wael Hana, José Uribe e Fred Daibes em troca de utilizarem sua posição oficial para protegê-los e enriquecê-los, bem como para beneficiar os governos do Egito e Catar.

O empresário José Uribe se declarou culpado e decidiu colaborar com a acusação.

De acordo com outra denúncia, somada à principal em janeiro, o senador é suspeito de ter recebido propina para ajudar o empresário Fred Daibes, que "buscava milhões de dólares em investimentos de um fundo vinculado ao Catar, realizando atos" em benefício de Doha, segundo a acusação.

O veterano democrata, de 70 anos, cujos pais emigraram de Cuba para os Estados Unidos, recusou-se a deixar o cargo de senador pelo Partido Democrata, mas em setembro renunciou ao posto de presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores do Senado.

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