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Rússia denuncia 'ataque terrorista' na fronteira por 'sabotadores' ucranianos

O presidente Vladimir Putin cancelou uma viagem prevista para o Cáucaso russo e está sendo informado constantemente sobre a situação, acrescentou o porta-voz

O grupo ucraniano teria feito reféns, segundo as agências de notícias russas Ria Novosti, TASS e Interfax, que citaram testemunhas e fontes das forças de segurança (SERGEY BOBOK/AFP/Getty Images)

O grupo ucraniano teria feito reféns, segundo as agências de notícias russas Ria Novosti, TASS e Interfax, que citaram testemunhas e fontes das forças de segurança (SERGEY BOBOK/AFP/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 2 de março de 2023 às 09h58.

Uma incursão na Rússia de combatentes ucranianos reportada pelas autoridades em uma região próxima da fronteira com a Ucrânia foi um "ataque terrorista", afirmou o Kremlin nesta quinta-feira, 2.

"Estamos falando de um ataque terrorista", declarou o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov.

O presidente Vladimir Putin cancelou uma viagem prevista para o Cáucaso russo e está sendo informado constantemente sobre a situação, acrescentou o porta-voz.

O chefe de Estado não pretende, contudo, convocar em caráter de urgência o Conselho de Segurança Nacional, órgão que deve se reunir na sexta-feira, 3, afirmou Peskov.

O Serviço Federal de Segurança (FSB) e as autoridades locais de Briansk anunciaram nesta quinta-feira operações para "eliminar" um grupo de "sabotadores" ucranianos infiltrado nesta região, que fica 400 quilômetros ao sudoeste de Moscou.

O governador da região, Alexander Bogomaz, disse que "um grupo de reconhecimento e de sabotagem entrou na localidade de Lyubechane pela Ucrânia".

"As Forças Armadas da Federação Russa estão tomando todas as medidas necessárias para eliminar este grupo", acrescentou.

De acordo com o governador, "os sabotadores abriram fogo contra um veículo em movimento".

O grupo ucraniano teria feito reféns, segundo as agências de notícias russas Ria Novosti, TASS e Interfax, que citaram testemunhas e fontes das forças de segurança.

A AFP não conseguiu comprovar as informações com fontes independentes.

Ao mesmo tempo, o conselheiro de Segurança da presidência da Ucrânia, Mikhailo Podoliak, classificou as afirmações como uma "provocação deliberada" da Rússia com o objetivo de "assustar sua população para justificar" a ofensiva no território vizinho.

Pololiak disse que o incidente pode estar relacionado com uma ação de "milicianos" russos, que operam com métodos de guerrilha.

As regiões russas de fronteira com a Ucrânia foram alvo de vários bombardeios desde o início do conflito, mas é incomum que as autoridades apresentem relatos sobre um grupo de sabotadores.

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