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Príncipe Andrew, de filho favorito a playboy destronado da família real

Duque de York, de 59 anos, vê reputação comprometida por seus laços com empresário acusado de exploração sexual

Rainha Elizabeth e Príncipe Andrew: após 22 anos na Marinha, o duque de York tornou-se o representante especial do Reino Unido para o comércio internacional (Chris Jackson/Getty Images)

Rainha Elizabeth e Príncipe Andrew: após 22 anos na Marinha, o duque de York tornou-se o representante especial do Reino Unido para o comércio internacional (Chris Jackson/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 11h08.

O "filho favorito" da rainha Elizabeth II, o príncipe Andrew, foi visto durante anos como um playboy e militar corajoso, mas sua reputação está na corda bamba devido a suas relações perigosas com o falecido Jeffrey Epstein.

O duque de York, 59 anos e herói da Guerra das Malvinas (1982), na qual lutou aos 22 anos como piloto de helicóptero, agora vê sua reputação comprometida por seus laços com o empresário americano que, acusado de explorar sexualmente meninas menores de idade por anos, cometeu suicídio na prisão.

O príncipe, oitavo na ordem de sucessão ao trono britânico, era arrogante e sem compaixão, de acordo com as supostas vítimas de Epstein.

Andrew tentou defender seu papel no escândalo em uma longa entrevista na televisão que acabou se transformando em um fiasco.

Diante de toda a controvérsia, ele anunciou na quarta-feira o afastamento de seus compromissos públicos, uma decisão humilhante e muito rara para um membro da família real.

Nascido em 19 de fevereiro de 1960 no Palácio de Buckingham, 10 anos depois de sua irmã mais velha, a princesa Anne, o príncipe Andrew é o terceiro filho da rainha Elizabeth II e do príncipe Philip.

Por sua natureza calma e seu entusiasmo, ele é considerado o "filho favorito" de Sua Majestade. A rainha concedeu a ele o título de duque de York.

Quando jovem, era um dos solteiros mais cobiçados e considerado um verdadeiro conquistador até se casar, em 1986, com Sarah Ferguson.

Teve duas filhas dessa união, as princesas Beatrice (1988) e Eugenie (1990), mas o casamento acabou não vingando.

Apesar do divórcio, em 1996, Andrew e Sarah afirmam continuar sendo "os melhores amigos do mundo".

A duquesa de York continua morando na casa de seu ex-marido e até mesmo costuma defendê-lo.

Relação mal aconselhada

Após sua separação, o príncipe Andrew foi visto com mulheres nuas em férias na Tailândia e participando de uma festa cujo tema era "prostitutas e cafetões" nos Estados Unidos, junto a Ghislaine Maxwell.

A filha do magnata da mídia Robert Maxwell é acusada por várias supostas vítimas de Epstein de terem sido "recrutada" por ela, o que ele sempre negou.

Após 22 anos na Marinha, o duque de York tornou-se o representante especial do Reino Unido para o comércio internacional, mas é altamente criticado por suas elevadas despesas às custas dos contribuintes.

Enquanto suas relações com o genro do ex-presidente tunisiano Ben Ali, com o filho do falecido ditador líbio Muammar Khadafi e com um controvertido bilionário cazaque já eram vistas com maus olhos, seus laços com Jeffrey Epstein, condenado em 2008 por levar menores a se prostituírem, surgem em 2011.

Uma foto mostra o príncipe Andrew abraçando Virginia Roberts, que afirma ter sido forçada a fazer sexo com ele, o que Andrew nega categoricamente.

Outra foto mostra o príncipe caminhando pelo Central Park com Epstein, em dezembro de 2010, um ano após sua libertação.

Essa relação foi "imprudente", o príncipe reconheceu em comunicado quarta-feira. Mas alguns dias antes, durante uma entrevista na televisão, ele explicou que o financista havia permitido que ele conhecesse pessoas interessantes.

Em palavras ainda mais desajeitadas, o duque de York simplesmente julgou o comportamento de seu amigo "inadequado".

Desde essa entrevista, as instituições com as quais o príncipe sempre colaborou deram as costas para ele.

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