Mundo

Prêmio Nobel de Medicina será anunciado na manhã desta segunda-feira

A grande aposta deste ano é que alguma descoberta relacionada ao coronavírus (Sars-CoV-2) e à pandemia de covid-19 seja premiada

Nobel de Medicina será divulgado nesta segunda-feira (Nobel/Reprodução)

Nobel de Medicina será divulgado nesta segunda-feira (Nobel/Reprodução)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 1 de outubro de 2023 às 21h08.

O Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina deste ano será anunciado nesta segunda-feira, as 6h30 da manhã, no horário de Brasília. A grande aposta deste ano é que alguma descoberta relacionada ao coronavírus (Sars-CoV-2) e à pandemia de covid-19 seja finalmente premiada.

Além da medalha e do diploma, o laureado leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 4,8 milhões). O prêmio de Medicina vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do químico e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896).

Ao todo, 113 prêmios de Fisiologia e Medicina já foram concedidos. No ano passado, o grande vencedor foi o geneticista sueco Svante Paabo, responsável pelo sequenciamento do DNA dos Neandertais - uma espécie extinta de hominídeos. Paabo também foi o responsável pela descoberta de uma nova espécie de hominídeo, os Denisovan.

E, o mais importante: o geneticista demonstrou como esses hominídeos atualmente extintos se relacionaram com o Homo sapiens há 70 mil anos, quando nossos antepassados começaram a deixar a África para conquistar o restante do planeta, nos legando parte de seu código genético.

Uma curiosidade sobre Paabo: ele é filho do bioquímico sueco Sune Bergstorm (1916-2004), ganhador do Nobel de Fisiologia e Medicina em 1982 - exatos quarenta anos antes de seu filho ser agraciado com o mesmo prêmio. Bergstsorm foi laureado junto com outros dois cientistas por suas descobertas sobre as prostaglandinas - compostos lipídicos com efeitos similares aos dos hormônios. Trata-se da única dupla de pai e filho agraciada com o prêmio de Medicina.

Em 2021, o Nobel de Medicina foi para David Julius e Ardem Patapoutian "pela descoberta dos receptores de temperatura e tato". No ano anterior, Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M.Rice foram os laureados por conta da descoberta do vírus da hepatite C. William G Kaelin, Peter J. Ratcliffe e Gregg L. Semenza foram premiados em 2019 "por terem descoberto como as células se adaptam à disponibilidade de oxigênio".

Em mais de um século de premiação, apenas 12 mulheres foram agraciadas com o Nobel de Medicina. A primeira delas só em 1947, a americana Gerty Cori, que dividiu o prêmio com dois homens. Um deles era seu marido, Carl Ferdinand Cori, com quem desenvolveu pesquisas essenciais para a melhor compreensão da diabetes.

A única mulher a conquistar a láurea sem compartilhá-la com outros cientistas nesta categoria foi Barbara McClintock, em 1983, por suas descobertas sobre os chamados "genes saltadores", que transitam no genoma e são capazes de se mover e se replicar em segmentos do DNA.

Acompanhe tudo sobre:Medicina

Mais de Mundo

Milei começa 2º ano no cargo com expectativa por liberação cambial e saída da recessão

Senador nos EUA propõe recompensa de mil dólares por denúncia de imigrantes irregulares

Benjamin Netanyahu rejeita interromper guerra em Gaza 'agora'

Ministro da economia espanhol diz que UE só importará 'um bife por pessoa ao ano' do Mercosul