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No Brasil, Xi Jinping defende cessar-fogo na Faixa de Gaza

Presidente chinês deu a declaração no Palácio da Alvorada, após reunião com Lula

 (Mapa/Divulgação)

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Agência o Globo
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Publicado em 20 de novembro de 2024 às 15h34.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu o cessar-fogo na Faixa de Gaza e afirmou que, apesar de não ser simples, a crise instaurada na Ucrânia por ataques da Rússia passa por uma solução política. Em seu pronunciamento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, em Brasília, Xi Jinping reforçou que a paz nessas regiões é importante também para o avanço em setores como a economia global.

— No momento, o mundo está longe de ser tranquilo, com várias regiões com guerras. Só quando abraçarmos a segurança comum, nós trilharemos um caminho da segurança universal — afirmou, após reunião no Palácio da Alvorada.

Brasil e China têm uma proposta de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia e o jogo que está sobre o tabuleiro pode mudar, com uma esperada aproximação de Donald Trump com o russo Vladimir Putin. Lula e Xi defendem o diálogo. A negociação seria levada ao Conselho de Segurança da ONU. Já Trump prometeu acabar com o conflito rapidamente e o mais provável é que ele retire recursos americanos investidos na guerra. Já nos dias de hoje, para a Ucrânia, Brasília e Pequim não são atores neutros.

— Sobre a crise na Ucrânia, não existe solução simples para um assunto tão complexo. Criamos o Grupo de Amigos da Paz, com os outros amigos do Sul Global, para viabilizar uma solução política para esta região — disse.

Sobre a guerra na Faixa de Gaza, o presidente chinês defendeu que a comunidade internacional se empenhe mais.

— A situação na Faixa de Gaza está se deteriorando, com a situação de segurança se agravando. A comunidade internacional deve fazer mais e, olhando para a Palestina, apelamos para o cessar-fogo imediato e para a implementação de dois Estados — afirmou o líder chinês durante visita ao Brasil.

As parcerias entre os dois países também foram ressaltadas em seu discurso, no qual disse esperar "mais cinquenta anos de relações diplomáticas e parcerias prósperas".

— Concordamos em aprofundar a confiança estratégica e mútua com acordos sólidos. Somos os dois maiores países em desenvolvimento nos nossos respectivos hemisférios. Decidimos apresentar sinergias com cooperação em áreas como ciências, economia e tecnologia, e áreas crescentes, como transição energética, mineração verde e inteligência artificial. Precisamos acelerar a modernização dos dois países — completou.

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