Mundo

Netanyahu diz que ofensiva é para destruir túneis do terror

Fase terrestre da operação militar teve início na noite de ontem (17) com o objetivo de destruir a rede de túneis entre a Faixa de Gaza e Israel


	Benjamin Netanyahu: ele disse que ofensiva por terra tem como objetivo a destruíção de túneis do terror
 (Debbie Hill/AFP)

Benjamin Netanyahu: ele disse que ofensiva por terra tem como objetivo a destruíção de túneis do terror (Debbie Hill/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 13h26.

Brasília - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje (18) que a operação militar terrestre israelense na Faixa de Gaza é necessária para atingir os “túneis do terror” usados pelo Hamas, o movimento fundamentalista islâmico que tem lançado foguetes e morteiros contra Israel. Segundo ele, a incursão por terra foi decidida "depois de terem sido esgotadas todas as opções e com a consciência de que o preço a pagar pode ser alto".

"Não é possível resolver [o problema] dos túneis unicamente a partir do ar. Os nossos soldados vão fazer isso em terra", disse Netanyahu antes de uma reunião do governo. A fase terrestre da operação militar, chamada Margem Protetora, teve início na noite de ontem (17) com o objetivo de destruir a rede de túneis entre a Faixa de Gaza e Israel e anular a capacidade do Hamas e de outros grupos armados de disparar foguetes contra o território israelense.

Netanyahu disse que conversou, nas últimas horas, com vários líderes internacionais para explicar a situação vivida por Israel e tentar convencer a comunidade internacional de que seu país combate “com moderação uma organização terrorista assassina”, buscando devolver a calma aos seus cidadãos.

O primeiro-ministro disse que seu país combate apenas terroristas e acusou as milícias em Gaza de usar a população civil como “escudos humanos”. Ele reconheceu que as críticas internacionais “são inevitáveis” por causa das mortes de civis na ofensiva, mas responsabilizou apenas o Hamas pelas vítimas inocentes do conflito.

Ontem, o governo brasileiro rechaçou a incursão terrestre israelense em Gaza, classificando-a como um grave retrocesso nos esforços de paz, mas também as ações do Hamas. “O Governo brasileiro condena veementemente os bombardeios israelenses a Gaza, com uso desproporcional da força, que resultaram em mais de 230 palestinos mortos, muitos deles civis desarmados e crianças. Condena, igualmente, o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza contra Israel”, destacou o Itamaraty em nota.

Desde o início da operação terrestre, mais de 20 palestinos e um soldado israelense morreram no conflito na Faixa de Gaza, de acordo com as fontes oficiais de cada lado. Desde o início da Operação Margem Protetora, em 8 de julho, o número de mortes ultrapassa 260, sendo dois israelenses, com mais de 2 mil feridos. Esta é a terceira ofensiva israelense na região desde 2007, quando o Hamas assumiu o controle em Gaza.

*Com informações da Agência Lusa

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaHamasIsraelPalestina

Mais de Mundo

Lula diz que irá ao enterro de Mujica no Uruguai após voltar da China

UE aprova novas sanções contra Rússia, incluindo mais navios de sua frota paralela

Rússia confirma que sua delegação viajará a Istambul para negociações com Kiev

Houthis reivindicam terceiro ataque com mísseis contra aeroporto de Tel Aviv