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São Paulo – Um funcionário público chinês da cidade de Xinyu foi condenado à morte por aceitar mais de um milhão de dólares em suborno.
A notícia foi dada pela agência estatal de notícias Xinhua. Zhou Jianhua era presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular na cidade.
Segundo o jornal, Zhou aceitou suborno de 1,6 milhão de dólares e também objetos de ouro avaliados em 40 mil dólares.
A decisão tem um adiamento de dois anos. Até lá, a condenação pode mudar.
Na China, a corrupção é vista como um grande mal e é duramente combatida pelo Partido Comunista Chinês. As penas para esses casos sempre são muito severas.
O presidente Xi Jingping, quando tomou posse em março de 2013, elegeu o combate à corrupção como prioridade.
Na Terceira Plenária do 18º comitê do PCC, que começou no final de 2013 e acabou em janeiro, o partido também colocou a corrupção como tema principal para os próximos anos.
Em 2013, as agências de inspeção disciplinar do Partido puniram mais de 182 mil funcionários e políticos por algum tipo de desvio, 10% mais que em 2012.
Contramão
Ao mesmo tempo em que o governo combate a corrupção – ou fala em combater – ele pressiona aqueles que lutam por mais transparência.
Na China, o Movimento Novos Cidadãos, que defende uma mudança no modo como as autoridades divulgam as suas riquezas, vem sendo combatido
Um dos líderes do movimento, o ativista Xu Zhiyong, foi preso e julgado.
Há investigações que apontam que diversos familiares de políticos do Partido tem fortunas escondidas em paraísos fiscais.
Na última década, o número de multimilionários chineses saltou de 135 para mais de 300. Desses muitos são membros da Assembleia Nacional e tem um patrimônio bilionário.