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Mulher que matou as três filhas é condenada à prisão perpétua na Grécia

Mulher responde pelos assassinatos de Georgina, de 9 anos, em 2022; Malena, de 3 anos e meio, em 2019; e Iris, de 6 meses, em 2021

Policiais escoltam Roula Pispirigou, acusada de matar suas três filhas, para um tribunal em Atenas (Agence France-Presse/AFP)

Policiais escoltam Roula Pispirigou, acusada de matar suas três filhas, para um tribunal em Atenas (Agence France-Presse/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de março de 2024 às 18h22.

Uma mulher de 35 anos, acusada de matar suas três filhas em um período de três anos, foi condenada nesta sexta-feira, na Grécia, à prisão perpétua pelo assassinato de sua filha mais velha, um caso que comoveu o país.

Roula Pispirigou, que está há dois anos em prisão preventiva, foi condenada pelo tribunal penal de Atenas por homicídio premeditado e tentativa de homicídio premeditado da menina de 9 anos, Georgina.

Em um julgamento separado, iniciado depois da morte de Georgina, a mulher responde pelos assassinatos de suas outras duas filhas, Malena, de 3 anos e meio, em 2019, e Iris, de 6 meses, em 2021.

Em 29 de janeiro de 2022, Pispirigou intoxicou Georgina com ketamina, uma substância utilizada principalmente em cirurgia veterinária como anestésico e analgésico.

No momento de sua morte, Georgina se encontrava no hospital onde passou por várias internações desde que convulsões a deixaram tetraplégica em abril de 2021. A Justiça considerou que já naquela época a mãe tinha tentado matar a filha.

A segunda menina, Malena, foi declarada morta de insuficiência hepática, e Iris de parada cardíaca. Contudo, novas análises realizadas depois da morte suspeita de Georgina revelaram que elas morreram por asfixia.

Pispirigou, enfermeira de formação - apelidada pela imprensa grega de "a Medeia dos tempos modernos" ou "a Medeia de Patras", cidade da qual é originária no oeste da Grécia -, afirmou sua inocência durante todo o julgamento iniciado em janeiro de 2023.

Este suposto infanticídio triplo, em um país onde este crime é bastante incomum, suscitou fúria e enorme frenesi midiático. O governo grego teve que pedir "calma" diante do clamor pelo assassinato de Pispirigou.

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