O furacão Milton ganhou força nesta segunda-feira, 7,  e se tornou uma tempestade potencialmente catastrófica de categoria 5, a máxima da escala, avançando em direção à costa oeste da Flórida, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Segundo grande furacão registrado no Golfo do México em duas semanas, Milton se intensificou rapidamente e agora tem ventos máximos sustentados de 257 km/h, com rajadas mais fortes, detalhou o NHC.

Evacuações no México e na Flórida

Antes de chegar à Flórida, entre hoje e quarta-feira, o furacão deverá atingir partes da Península de Yucatán, no México, provocando ventos fortes e um aumento do nível da água de até 1,5 metro, com "ondas grandes e destrutivas", de acordo com a agência.

Há apenas 10 dias, o furacão Helene causou pelo menos 230 mortes no sul dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, as autoridades da Flórida ordenaram novas evacuações na mesma região, que ainda se recupera do desastre anterior.

Impacto e Preparativos

O governador da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que o furacão Milton permanecerá como furacão durante toda a sua passagem pelo estado, que atravessará de oeste a leste. Ele ampliou o número de condados em estado de emergência para 51, de um total de 67.

Milton pode trazer chuvas de até 250 mm para a Flórida, com focos pontuais de até 380 mm, e inundações urbanas. O NHC alertou que furacões de categoria 3 e superiores podem causar "danos devastadores", afetando até mesmo casas solidamente construídas, além da falta de eletricidade e água por vários dias.

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que o governo está preparando "recursos para salvar vidas" e pediu aos moradores que sigam as orientações das autoridades locais para garantir a segurança.

Os cientistas apontam que a mudança climática pode estar intensificando a velocidade de formação de furacões, devido às temperaturas mais quentes da superfície oceânica, o que contribui para a geração de tempestades mais intensas.

Consequências do Furacão Helene

O furacão Helene, que atingiu a costa da Flórida em 26 de setembro como categoria 4, deixou um rastro de destruição até os Montes Apalaches, com chuvas torrenciais e inundações. Foram contabilizadas pelo menos 230 mortes, tornando-se o desastre natural mais mortal desde o furacão Katrina em 2005.

"Precisamos limpar os escombros deixados por Helene porque isso aumenta os riscos e os danos que Milton pode causar", afirmou DeSantis.

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