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Mianmar: Militares bloqueiam Facebook em meio ao aumento da oposição ao golpe

O comandante militar tem agido rapidamente para se consolidar no poder após a deposição da líder eleita e a detenção dela e de aliados políticos na segunda-feira

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Mianmar: protestos pequenos aconteceram em Yangon, a principal cidade do país, e em outras partes (Stringer/Reuters)

Mianmar: protestos pequenos aconteceram em Yangon, a principal cidade do país, e em outras partes (Stringer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às, 14h09.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2021 às, 15h52.

A junta de Mianmar bloqueou o Facebook nesta quinta-feira, desligando um canal importante da oposição ao golpe militar desta semana em meio à irrupção de protestos esporádicos.

O comandante militar, general Min Aung Hlaing, tem agido rapidamente para se consolidar no poder após a deposição da líder eleita, Aung San Suu Kyi, e a detenção dela e de aliados políticos na segunda-feira.

Na noite de quarta-feira, ele disse a um grupo de empresários que pode se manter no poder durante seis meses depois que um estado de emergência de um ano terminar para realizar eleições livres.

Mas cerca de uma dúzia de parlamentares eleitos em 8 de novembro desafiaram os generais convocando uma sessão parlamentar simbólica nas instalações que ocupam desde o golpe.

Protestos pequenos aconteceram em Yangon, a principal cidade do país, e em outras partes. Ativistas disseram que três pessoas foram presas, entre cerca de 150 pessoas que foram detidas no total desde o golpe.

Médicos também estão preparando uma campanha de desobediência civil.

Mas em um país com um histórico sangrento de repressões a manifestações, não se viu um grande comparecimento de opositores do golpe nas ruas.

O Exército tomou o poder na segunda-feira alegando irregularidades na eleição, o que desestabilizou a transição longa e difícil de Mianmar rumo à democracia. A medida foi repudiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por governos ocidentais, que conclamaram a junta a respeitar a vitória majoritária do partido Liga Nacional pela Democracia (NLD) de Suu Kyi.

A oposição à junta emergiu com muita força no Facebook, que é a principal plataforma de internet do país e um pilar das comunicações do empresariado e do governo.

O Ministério da Comunicação e da Informação disse que o Facebook –usado por metade dos mais de 53 milhões de habitantes de Mianmar – ficará bloqueado até domingo, dia 7 de fevereiro, porque os usuários estão "espalhando fake news e desinformação e causando mal-entendidos". O aplicativo de mensagens WhatsApp, que é propriedade do Facebook, também foi bloqueado.

Funcionários de hospitais do governo pararam de trabalhar na quarta-feira ou usaram faixas da cor vermelha do NLD. Em reação, o Exército anunciou nesta quinta-feira que as pessoas podem receber tratamento em hospitais militares.

Imagens compartilhadas na quarta-feira mostraram funcionários do Ministério da Agricultura se unindo à campanha de desobediência também.

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