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Marina Silva nega ser candidata à presidência do PV

Ex-senadora defende fim da reeleição para comando da legenda

A ex-senadora disse ainda que é preciso revitalizar o partido ainda este ano, já que a campanha de 2012 pode dificultar a reforma interna do PV (Creative Commons)

A ex-senadora disse ainda que é preciso revitalizar o partido ainda este ano, já que a campanha de 2012 pode dificultar a reforma interna do PV (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 21h46.

São Paulo - A ex-senadora e candidata derrotada à Presidência da República Marina Silva (PV-AC) negou nesta segunda-feira em Brasília que esteja disputando o cargo de presidente do partido. Marina falou com a imprensa antes de participar de reunião do Movimento Transição Democrática, grupo de oposição que critica a cúpula do partido. “Sempre falei que não estava disputando nenhum cargo”, declarou.

O grupo luta pelo fim da reeleição ao cargo de presidente da legenda, na contramão do desejo do deputado federal José Luiz Penna (SP), que ocupa a presidência do partido há 12 anos. Entre os nomes apontados para o posto está o de Marina. O ex-deputado Fernando Gabeira (RJ) é apontado por outros verdes como uma espécie de terceira via. A convenção em que o PV decidirá o comando da legenda está marcada para julho. “O PV não é um partido de tradição presidencialista, tem uma coordenação nacional que elege um coordenador-presidente. Não é a mesma figura de presidente dos outros partidos. Mas nos últimos 12 anos isso foi mudado e é preciso retomar o modelo colegiado, quase parlamentarista do partido”, defendeu Marina.

A ex-senadora disse ainda que é preciso revitalizar o partido ainda este ano, já que a campanha eleitoral de 2012 pode dificultar a reforma interna do PV. “Espero que aquilo que é dito em tese seja traduzido na prática, como a campanha de filiação, a convenção em julho, o fim da reeleição e a reestruturação do partido em rede”, disse. Para o ano que vem, Marina defendeu mudanças na plataforma verde também no âmbito municipal, com a campanha “Cidades Sustentáveis”.

Disputas - Apesar das disputas internas, Marina negou que haja racha no partido. “Não há uma cisão de medula e espinha. Estamos juntos no Código Florestal, por exemplo”. A candidata derrotada à Presidência negou também que esteja planejando criar uma nova legenda.

Fazem parte da Transição Democrática Fernando Gabeira, Fábio Feldmann, Sérgio Xavier. O movimento tem se reunido desde março pelo país para defender que o PV se relacione com seus filiados de forma participativa, utilizando também as redes sociais.

Código Florestal – Marina Silva defendeu que o governo se coloque na posição de mediador entre ambientalistas e ruralistas sobre as mudanças no Código Florestal. “Espero que haja uma saída sem retrocesso em relação aos ganhos da legislação ambiental, que não transforme o Código em um mecanismo para promover a destruição das florestas e que leve em consideração o ponto de vista dos cientistas”, declarou.

Nesta segunda-feira a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que reúne 86 entidades científicas, e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgaram um documento com argumentos técnicos e científicos sobre as mudanças no Código Florestal. Os especialistas defendem o adiamento da votação do relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B - SP), previsto para ser votado no Plenário da Câmara dos Deputados no início de maio.

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