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Maduro anuncia venda de ações de estatais venezuelanas

Segundo o presidente, a medida entrará em vigor porque as empresas precisam "de capital" para o seu desenvolvimento

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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante cerimônia em Caracas. (Manaure Quintero/Reuters)

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante cerimônia em Caracas. (Manaure Quintero/Reuters)

A
AFP

Publicado em 12 de maio de 2022, 10h13.

A Venezuela começará a oferecer na próxima segunda-feira a venda de ações de empresas estatais, anunciou o presidente Nicolás Maduro nesta quarta-feira, em uma tentativa de capitalizar empresas atingidas pela crise e pela falta de investimentos.

"Colocaremos à venda entre 5% e 10% das ações de várias empresas públicas para o investimento nacional, fundamentalmente, ou internacional, e você poderá se tornar um investidor", informou Maduro em pronunciamento no canal estatal VTV.

Segundo o presidente, a medida entrará em vigor porque as empresas precisam "de capital" para o seu desenvolvimento. "Precisamos de tecnologia, precisamos de novos mercados e iremos avançar."

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Desde o ano passado, algumas ONGs, como a Transparência Venezuela, informavam que o governo estava em negociações com empresas privadas para entregar empresas estatais: "O governo venezuelano de Nicolás Maduro, em uma aparente desvinculação do chamado socialismo do século XXI, começou a entregar o comando das empresas estatais para alguns privados", indicou a ONG em dezembro, após identificar 33 casos vinculados aos setores agroalimentar, do turismo e manufatureiro.

Nenhum desses casos foi confirmado ou desmentido pelo governo, que, desde o mandato de Hugo Chávez (1999-2013) implementou controles de preços, do mercado de câmbio e estatizou empresas, mas começou a relaxar suas medidas em 2018, em meio ao ápice da crise caracterizada por uma escassez generalizada, hiperinflação e falhas nos serviços públicos.

Maduro mostra-se agora "aberto a ouvir novas propostas, ideias e visões, para que a Venezuela se recupere. Reitero meu apelo a todos os venezuelanos. Vamos deixar a mesquinhez de lado, é hora de trabalharmos unidos e consolidarmos esta primeira etapa do crescimento da economia real", tuitou o presidente minutos após o seu pronunciamento.

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