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Lula e Boric defendem multilateralismo e união entre os latino-americanos, em reunião em Brasília

Presidente chileno participou de reuniões com líder brasileiro

Presidente Lula e Presidente do Chile, Gabriel Boric no Palácio do Planalto (Ricardo Stuckert / PR/ Flickr/Divulgação)

Presidente Lula e Presidente do Chile, Gabriel Boric no Palácio do Planalto (Ricardo Stuckert / PR/ Flickr/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 22 de abril de 2025 às 20h58.

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Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o chileno Gabriel Boric conversaram, nesta terça-feira, sobre a ameaça ao multilateralismo no mundo, especialmente após a volta de Donald Trump para um segundo mandato à frente da Casa Branca.

Segundo interlocutores que assistiram ao encontro entre os dois líderes da esquerda sul-americana, Lula propôs que Brasil e Chile se unam em defesa da democracia.

De acordo com relatos de integrantes do governo brasileiro, Lula e Boric concordaram com a ideia de defender um mundo mais progressista, humanista e multilateral. Para isso, destacaram a importância de serem feitas alianças com países que tenham a mesma posição.

O atual cenário na América Latina, com a Argentina do presidente Javier Milei e o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, foram tratados com preocupação. Milei, da ultradireita, aliou-se a Donald Trump, e Maduro, ditador, foi reeleito para a presidência venezuelana, no ano passado, sob a desconfiança de parte da comunidade internacional.

A avaliação de auxiliares do presidente brasileiro foi que a visita de Boric a Brasília teve um caráter político. Para Lula, ressaltou um interlocutor, não importa o tipo de regime que vigora em um país, se de direita, centro ou esquerda, a grande prioridade na região é a integração.

Outro ponto em destaque no encontro entre os dois presidentes diz respeito à Rota Bioceânica. Boric vem falando sobre o projeto em todas as oportunidades e, para Lula, uma saída das exportações brasileiras pelo Pacífico seria um fato a comemorar.

Com mais de 3,3 mil quilômetros, a Rota Bioceânica vai ligar os portos do Sul e do Sudeste do Brasil, no Oceano Atlântico, com portos do Chile, no Oceano Pacífico, passando por Paraguai e Argentina. A expectativa do governo brasileiro é que o plano saia do papel ao longo de 2026, ano de eleição.

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