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Hong Kong fecha 13 praias atingidas por vazamento de óleo

No desastre ambiental mais recente a contaminar as águas do território, as praias foram atingidas por fragmentos de um material semelhante a espuma rígida

Subsecretário do Ambiente, Tse Chin-wan, visita praia que está passando por processo de limpeza de óleo de palma, em Hong Kong (Departamento de Serviço de Informações de Hong Kong/Reuters)

Subsecretário do Ambiente, Tse Chin-wan, visita praia que está passando por processo de limpeza de óleo de palma, em Hong Kong (Departamento de Serviço de Informações de Hong Kong/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 10h22.

Hong Kong - Hong Kong interditou mais de uma dúzia de praias atingidas por fragmentos mal-cheirosos de um material semelhante a espuma rígida resultantes de um vazamento de óleo de palma, no desastre ambiental mais recente a contaminar as águas do território.

A cidade controlada pela China fechou duas outras praias no sul da ilha de Hong Kong nesta terça-feira, elevando para 13 o total de praias interditadas desde que duas embarcações colidiram no estuário do Rio das Pérolas.

Foram necessários dois dias para as autoridades chinesas informarem Hong Kong sobre a colisão, disse o governo. A mídia disse que o acidente aconteceu na quinta-feira.

O vazamento provocou revolta em alguns moradores e ambientalistas e ocorreu só um ano depois de montanhas de lixo surgirem nas praias de Hong Kong com etiquetas e pacotes indicando que a maior parte vinha da China continental.

O acidente também ocorreu no auge do verão local, quando as praias e ilhas circundantes estão repletas de visitantes de ocasião, praticantes de camping e pessoas em férias, especialmente nos finais de semana.

O governo de Hong Kong disse ter recolhido 50 toneladas de óleo de palma até o momento, e trabalhadores recolheram 110 sacolas de restos do produto só em uma praia da popular Ilha Lamma.

A mídia noticiou que mil toneladas de óleo de palma vazaram nas águas após a colisão das embarcações.

O Departamento de Proteção Ambiental coletou amostras de água de praias afetadas e disse que planeja divulgar os resultados ainda nesta terça-feira.

Em um comunicado, o governo disse que o óleo de palma não é tóxico nem perigoso, mas que, dada a grande quantidade que surgiu nas praias e o fato de que os resultados laboratoriais ainda não estão disponíveis, as praias continuarão fechadas.

As águas litorâneas e praias de Hong Kong são invadidas com frequência por lixo da China continental, onde algumas empresas lançam resíduos no mar para economizar os custos do descarte apropriado, de acordo com conservacionistas.

Em 2012, centenas de milhões de grânulos minúsculos de plástico tomaram as praias de Hong Kong devido a um vazamento em um navio-tanque durante um tufão, desencadeando uma grande operação de limpeza.

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