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Hamas afirma que está pronto para libertar os últimos reféns, mas recusa acordo provisório de trégua

Discurso televisionado foi feito por Khalil Al-Hayya, chefe do Hamas em Gaza e líder da equipe de negociação com Israel

Guerra Israel e Hamas: Khalil Al-Hayya, chefe do Hamas em Gaza e líder da equipe de negociação, em discurso televisionado (Hamas Media Office/Reprodução)

Guerra Israel e Hamas: Khalil Al-Hayya, chefe do Hamas em Gaza e líder da equipe de negociação, em discurso televisionado (Hamas Media Office/Reprodução)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 17 de abril de 2025 às 20h53.

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O Hamas declarou nesta quinta-feira, 17, que quer um acordo abrangente para encerrar a guerra contra Israel em Gaza. O grupo também disse que está disposto a trocar todos os reféns israelenses por palestinos presos pelas forças israelenses.

Em um discurso televisionado, Khalil Al-Hayya, chefe do Hamas em Gaza e líder da equipe de negociação, afirmou que o grupo rejeitou a oferta de Tel Aviv de uma trégua provisória, segundo informações da Reuters.

“Netanyahu e seu governo usam acordos parciais como cobertura para sua agenda política, que se baseia na continuação da guerra de extermínio e fome, mesmo que o preço seja o sacrifício de todos os seus prisioneiros (reféns). Não participaremos da aprovação dessa política”, disse Hayya, referindo-se ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Negociadores egípcios têm atuado para retomar o cessar-fogo estabelecido em janeiro, que conseguiu interromper temporariamente os confrontos em Gaza, mas foi rompido no mês passado. No entanto, os avanços têm sido escassos, com Israel e Hamas trocando acusações sobre a falta de entendimento.

Nesta segunda-feira, 14, uma nova rodada de diálogos foi realizada no Cairo com o objetivo de restaurar a trégua e negociar a libertação de reféns israelenses. Segundo fontes palestinas e egípcias, o encontro terminou sem progresso visível.

O líder do Hamas, Hayya, declarou que o grupo aceitou uma proposta apresentada pelos mediadores, Catar e Egito. O plano previa a liberação de alguns reféns em troca da soltura de prisioneiros palestinos e o início das tratativas para uma segunda fase, que incluiria o fim das hostilidades e a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza.

Hayya, no entanto, acusou Israel de ter apresentado uma resposta com exigências consideradas inviáveis.

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